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A timidez das campanhas eleitorais e as redes sociais

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A cada ano eleitoral surgem inovações nas regras para propaganda e também dos meios de divulgação de candidaturas dos cargos eletivos.

Em razão das escolhas normativas, alguns aspectos são limitados e por vezes proibitivos, mas a minirreforma eleitoral só valerá em 2016, conforme decidiu o TSE.

Assistimos a uma verdadeira timidez nas campanhas de 2014, por equívoco dos coordenadores de campanha que têm entendido que a reforma está valendo para este pleito.

As inovações tecnológicas de mídia (redes sociais, fóruns virtuais, blogs, whatsapp, etc) são os meios mais explorados pelos concorrentes. Quando determinado candidato comete abusos, a repercussão é quase imediata. Denúncias são analisadas durante o período de propaganda, enquanto práticas antigas também acabam proibidas.

Os concorrentes não podem subestimar a capacidade crítica do eleitor, que estão fiscalizando as propagandas irregulares com mais afinco que o próprio TRE. O eleitor, em todas as classes sociais, está mais maduro no que diz respeito à propaganda que suja a cidade e denuncia a prática à fiscalização.

Julgamentos jurídicos e morais estão cada vez mais acessíveis. Redes sociais têm sido palco de debates e instrumento de denúncia e fiscalização dos sujões. É fundamental que os candidatos tenham uma assessoria jurídica atualizada e competente para prevenir multas durante todo o pleito.

O cenário político do DF e as incertezas quanto às candidaturas majoritárias, bem como diretrizes partidárias conflitantes, mantém os candidatos ao legislativo local e federal em propagandas puro sangue, sem fazer dobrada com os majoritários.

A recente decisão do TRE sobre a candidatura de José Roberto Arruda e a trágica morte de Eduardo Campos contribuíram para acirrar ainda mais a disputa. Sem falar no indeferimento da candidatura de todos os postulantes ao cargo de Deputado Distrital do PPS em razão da não observância do número mínimo de mulheres.

Cada vez mais se demonstra que concorrer numa eleição no Distrito Federal, para qualquer cargo, requer coração forte e nervos de aço.

Dênia Magalhães, Advogada, Consultora Eleitoral e Assessora Parlamentar

Andrea Peixoto, Advogada, Consultora Eleitoral e Mestranda em Antropologia na UnB

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