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Comitê Rio 2016: 20 mil quartos são reservados para as Olimpíadas

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Foi anunciado pelo Comitê Rio 2016 na manhã desta sexta-feira (27), o reforço de 20 mil quartos para o setor de hospedagem durante as Olimpíadas. Com o aumento, a organização espera alcançar o número de 60 mil leitos, cumprindo com folga a meta de 40 mil vagas desejada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).O impulso será proporcionado pelo novo patrocinador dos Jogos, anunciado em evento nesta manhã: o Airbnb, plataforma mundial de aluguel de apartamentos por temporada.

A parceria vem sendo costurada há cerca de um ano. O número de vagas em hotéis era uma das principais preocupações do COI no momento em que o Rio foi escolhido sede das Olimpíadas, em 2009. A cidade contava com 20 mil quartos, e a estimativa da prefeitura é chegar perto de 40 mil em 2016. A organização sustenta que o número já seria suficiente, mas acredita que o reforço disponibilizado pelo novo patrocinador tira de vez a questão da lista de preocupações. Segundo o Airbnb, os 20 mil quartos já estão disponíveis — a empresa calcula em torno de 80 mil camas.

— É mais ou menos o número (60 mil) de quartos que havia em Londres (em 2012, durante as Olimpíadas) — afirmou o diretor-geral do Comitê Rio 2016, Sidney Levy.

A organização não revelou o valor do patrocínio. Semana passada, o Comitê divulgou que, dos R$ 3 bilhões previstos no orçamento para patrocínio, R$ 2,5 bilhões já foram arrecadados. Em troca, o site oficial das Olimpíadas vai direcionar potenciais hóspedes para o site do Airbnb. Levy não acredita que a parceria vá incomodar o setor hoteleiro. De 2009 para cá, 80 novos hotéis surgiram na cidade.

— O Airbnb é um fato da realidade do mundo, não foi inventado por nós. Eles ajudam a resolver um problema grande — afirmou.

O acordo prevê também ações de marketing em conjunto entre a empresa e a Comitê. Durante a apresentação, o fundador e diretor executivo de Produto da empresa, Joe Gebbia, destacou a hospitalidade dos brasileiros e contou histórias de moradores que já receberam hóspedes em suas casas.

— Todo dia as pessoas estão usando a hospitalidade para ajudar umas as outras. Soube de uma história de uma turista chinesa que perdeu a carteira, e a pessoa que a estava recebendo não descansou enquanto a carteira não foi encontrada — contou.

INCREMENTO NA RENDA

O Airbnb funciona como uma rede social. Depois de um cadastro, é possível anunciar um imóvel ou quarto disponível para aluguel e também buscar hospedagem em milhares de cidades do mundo. Para a designer Izabel Bukowsky, que foi convidada para assistir à apresentação, a ferramenta também virou uma fonte de renda. Dona de um apartamento na Lapa, ela ganhou destaque e expandiu os negócios. Hoje, além do próprio imóvel, administra outros quatro. O valor do aluguel fica com os proprietários, e ela recebe uma quantia fixa como administradora. Segundo ela, sua renda mensal — como funcionária da Caixa Econômica Federal — duplicou desde que passou a usar o serviço, há três anos.

— Já recebi em torno de 400 hóspedes. Os apartamentos ficam cheios o ano todo — disse Izabel, que contratou uma funcionária para ajudá-la na tarefa.

Outro exemplo de sucesso no uso da plataforma é o do engenheiro Lucas Herdy. Há dois anos, fez um acordo com a avó, que tinha um apartamento vago e não conseguia alugá-lo: ele passaria a cuidar do apartamento. Com o dinheiro arrecado, paga todas as contas da avó. O que sobra, fica com ele. Hoje, cerca de 20% de sua renda vem do aluguel do imóvel para turistas.

— Recebi um casal da Argentina às 7h antes de vir para cá. Ao todo, foram cerca de 150 pessoas. Já fui tomar cerveja com alemão e levei chinês à praia — contou.

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