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Buriti atropela o ensino com OSs, quando mestre e aluno merecem 10

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As pessoas já morrem, não por comer de menos, mas por comer demais. Mas, onde a abundância privada se contrapõe à miséria pública? Falta-lhes educação!

Disto isso, é justo enfatizar três fatores que dão o enredo de realidade ao que chamamos hoje de sociedade hipermoderna: enorme sobra de tempo livre; extrema juvenilização social, objetivando o grande empenho em diversão; e, um discurso politico-publicitário hegemônico.

Em alguns casos tudo é regado pela cultura do individualismo associado ao mesmo tempo a uma sociedade de massas que gasta dinheiro em necessidades triviais, nomeadamente no luxo da ostentação demiúrgica. Isso porque a felicidade, que é permanentemente prometida, aparece associada à qualidade de vida, aos valores hedonistas.

Em muitas ocasiões o hedonismo é confundido com o epicurismo. No entanto, existem algumas diferenças entre eles, sendo que Epicuro, o filósofo grego que viveu entre os anos 342 e271 a.C., criou o epicurismo com o objetivo de aperfeiçoar o hedonismo.

O epicurismo tem como um dos objetivos a ausência da dor, e por isso o prazer tem um papel mais passivo, e o indivíduo deve renunciar a coisas que possam originar dor e sofrimento. No caso do hedonismo, a busca pelo prazer é aconselhada de forma intensa, levando também em conta os prazeres sexuais.

A partir daqui entra a miséria pública. O Estado-espetáculo banalizou e pasteurizou o cenário político. Os jovens normalmente se declaram incapazes de assimilar os dizeres dos lideres políticos e de perceber a real mensagem dos discursos partidários que se tornaram inaudíveis, tediosos, desestimulantes.

Estamos ao mesmo tempo num universo que promete a satisfação de todos os desejos e numa época em que, como nunca antes, se adoece de frustração. E frustração é o sentimento que sobra ao eleitor do Distrito Federal em relação ao atual governo instalado no Palácio do Buriti.

O governador Rodrigo Rollemberg planeja implantar o sistema de gestão OSs na Educação do DF, aos moldes das Charter Schools americanas que já está em processo avançado nos governos de São Paulo, Paraná e Goiás. As OSs nada mais são do que um repasse das administrações de unidades educacionais estaduais para às organizações sociais.

A nova Pandora da educação pública – a implantação das OSs na educação pública do DF – é como o mito da Caixa de Pandora, uma mulher de extrema beleza, que será enviada por (Zeus) Rollemberg – PSB – para se casar com Epimeteu (as PPPs), que era irmão de Prometeu (PSD). Essas OSs contêm todos os males para acelerar ainda mais a miséria pública – para o contribuinte – pois, para os envolvidos nessas PPPs, esse modelo de educação será num país de corrupção galopante como o Brasil, apenas mais um canal de desvio de dinheiro público.

O que a educação brasileira precisa é da valorização do professor, gestores comprometidos, alunos e professores estimulados, estruturas física, material e humana que atendam às necessidades educacionais. É preciso pensar em ter professores com dedicação exclusiva, com salários satisfatórios; diminuir o número de alunos em sala de aulas; cumprir a lei que ampara alunos inclusivos, e, por fim, dar a eles realmente a atenção necessária.

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