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Cadê a polícia que devia estar aqui? Rollemberg não deu, pau no gato

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Dedo mindinho, seu vizinho, maior de todos, fura bolo, cata piolho. Cadê as nomeações que estavam prometidas aqui? O gato não deu. Pau no gato.

É assim, uma simples brincadeira de criança, com a adaptação de uma frase do jornalista Mino Pedrosa, que a Polícia Civil de Brasília está levando a sério para atacar o governo Rodrigo Rollemberg.

A reação mais forte vem de mais de quinhentos policiais concursados, treinados, mas não nomeados. O grupo acusa o ex-governador Agnelo Queiroz de ter mentido. E teme que Rollemberg se transforme em um facilitador de promessas apenas para vencer eleição.

Há um ano foi dito que todos seriam incorporados à instituição policial. Mas o bolo, mofado, foi cortado em fatias intragáveis.


Jogou-se fora um direito, um sonho, uma esperança. E sepultou-se um pacto que garantiria vida, mas que mata a cada dia a proposta de segurança que o povo tanto alimentou.

Os policiais civis têm do que se queixar. Cobram direitos e prometem, no caso de não serem atendidos, apresentar uma fatura amarga a Rodrigo Rollemberg em 2018.

O clima é de insatisfação, como mostra o desabafo dos ‘Policiais sem Distintivo’, representados pelos formados não nomeados, conforme texto a seguir:

Quando completamos anos de vida sempre é motivo de alegria, de festa e de comemoração. Porém, existem algumas passagens de ano que não são motivos de festa, de bolo, de convidados e de parabéns.

Há exatamente um ano, 17/06/2014 era realizada no Centro Comunitário da Universidade de Brasília (UnB), a cerimônia de encerramento do Curso de Formação de Agentes e Escrivães da Polícia Civil do DF.

Nesta data, uma data festiva, muitos de nós comemoramos mais uma etapa em nossas vidas, uma possibilidade real de termos o nosso sonho realizado, o de ser Policiais Civis do Distrito Federal.

Para muitos foram meses, anos de estudo e de dedicação, abrindo mão do convívio familiar, realizando pesados investimentos financeiros, deixando de participar da vida de seus familiares, abdicando da vida social para estudar e finalmente receber o reconhecimento por todo o esforço realizado.

Eram mais de 29 mil inscritos no início do certame para 1.200 vagas ofertadas pelo poder público. Foram ao todo 7 fases de concurso, ao final restaram apenas 1.200 aprovados.

Eram 1.200 sonhos, 1.200 vidas cheias de esperança, 1.200 pessoas aptas a ser policiais, a serem nomeadas e ajudar no combate à criminalidade.

Hoje, 17/06/2015, passados 1 ano desta data, 590 aprovados aguardam o retorno do poder público para tocarem as suas vidas.

Muitos estão desempregados pois foram obrigados a largar seus empregos para se dedicarem em tempo integral ao curso de formação, com aulas manhã, tarde e noite, em locais diferentes, fato este que incompatibilizava qualquer trabalho.

O que mais nos espanta é que a população do DF está sofrendo diariamente com o aumento da criminalidade.

Os índices crescentes de criminalidade demonstram que a nomeação dos aprovados seria uma alento para a valorosa e atualmente sucateada Polícia Civil do Distrito Federal.

Nós os aprovados já recolhemos todos os tipos de dados necessários para que o governo nos nomeasse.

O Sinpol, os Senadores do DF, os Deputados Federais do DF, os Deputados Distritais, o Diretor Geral da PCDF, a Imprensa escrita e televisiva, TCDF, MP de contas do DF, todos estão ao nosso lado nesta luta. Todos são unânimes em afirmar que a nomeação dos aprovados é condição sine qua non para que o projeto do Governo do DF, o chamado Pacto Pela Vida dê certo.

A intransigência do governo do DF que não aceita dialogar, que não demonstra a menor compaixão com o povo do Distrito Federal diminui diariamente a chama que foi acessa em nossos corações, quer seja das horas de estudo e dedicação, quer seja da lembrança do curso de formação, e da emoção que sentíamos quando cantávamos o Hino do Policial Civil do DF.

“Tenho orgulho de ser Policial, enobrece-me a alta missão, de lutar contra o crime e o mal, e do bem ser mais uma expressão”, com este trecho do hino do Policial Civil do DF, encerramos esta postagem, numa data que é com toda a certeza de muita comemoração para os colegas que já tomaram a tão sonhada posse, mas que não deixa de ser um dia triste e de muita luta para aqueles que como nós ainda aguardam o dia em que terão seu nome divulgado no Diário Oficial do Distrito Federal.

Felipe Meirelles

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