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Catador acha 30 kg de restos humanos em saco plástico

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A Polícia Civil de Jaú, distante 300 km da capital pualista, investiga a origem dos cerca de 30 quilos restos de corpos, órgãos, além de um feto de aproximadamente seis meses encontrados em um saco plástico na área de transbordo do lixo residencial da cidade, que é levado para o município de Piratininga, distante 60 km de Jaú.

De acordo com a Polícia Civil, os órgãos encontrados estavam com etiquetas e número de quartos, mas sem indicação do hospital ou clínica de origem. O nome de uma paciente e de um médico encontrados no local podem levar policiais a identificar os responsáveis pelo descarte irregular. De acordo com o delegado seccional de Jaú, Luverci da Costa Melo, esses dados irão auxiliar o setor de investigação para solucionar o caso.

“Provavelmente o descarte incorreto dos tecidos humanos se trata de erro de um funcionário que se equivocou, mas nossa preocupação está em descobrir a origem do feto, se houve um aborto instantâneo, terapêutico ou criminoso. Os exames vão apontar a resposta para essas perguntas”, afirmou o delegado seccional.

O lixão é mantido pelo município e fica no quilômetro 167 da rodovia Engenheiro Paulo Nilo Romano, no sentido Jaú-Brotas. Os restos mortais foram encontrados neste domingo por um catador de recicláveis que reside próximo ao local. Ele contou aos policiais civis que, com a chegada dos caminhões que fazem a coleta do lixo na cidade, foi até o local para separar os materiais recicláveis como papelão, metais e plástico.

De acordo com as informações prestadas pelo catador aos policiais, em um dos sacos despejados havia algo de estranho, já que era pesado e sem rigidez. Ao abrir, o catador, que não teve o nome divulgado, contou que viu diversos órgãos humanos e um feto. Apesar de ter encontrado os restos mortais pela manhã, ele apenas comunicou os policiais por volta das 17h de domingo.

O motivo apontado por ele é não existem telefones fixos no local e aparelhos celulares ficam sem sinal no lixão. O homem contou que esperou a passagem de um caminhão no local para solicitar ajuda e comunicar às autoridades. Enquanto aguardava a chegada da polícia, o catador pegou o feto colocou em uma caixa e os restos mortais do saco ele ateou fogo e enterrou por ali mesmo.

Os policiais relataram no boletim de ocorrência registrado que o feto encontrado aparentava ter cerca de seis meses, tinha pele branca e estava com as pernas encolhidas. Não foi possível afirmar o sexo do feto que foi encaminhado para O Instituto Médico Legal (IML) de Jaú.

A Lei Federal nº 6.437/77 estabelece que resíduos bilógicos não podem ser descartados como lixo comum, sob pena de multa as entidades ou instituições que descumprirem a norma. A fiscalização cabe a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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