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Entrevista Wellington Luiz

Contra o povo, Rollemberg prega o caos da escuridão

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Josiel Ferreira

Rodrigo Rollemberg não está com nada, mas está prosa. Chega mesmo a contrariar a frase mais famosa da Bíblia (“Faça-se a luz”), atribuída a Deus, criador do Universo. O governador pensa diferente. Prefere o caos ao Paraíso que prometeu à sociedade, durante a campanha eleitoral.

Esse é, em linhas gerais, o pensamento do deputado Wellington Luiz (PMDB) sobre a administração do governador de Brasília. Rollemberg, afirma o vice-presidente da Câmara Legislativa, demora a tomar decisões em todas as áreas. E caminha, por sua soberba, para um fim melancólico.

Wellington Luiz conversou com Notibras, e tomou como principal exemplo da fraqueza de Rodrigo Rollemberg a questão do aumento das tarifas dos ônibus e do metrô em Brasília.

– Não é possível que só agora ele busque entender o sistema do transporte coletivo, pois perdeu tempo desde a CPI dos Transportes, que àquela época, em 2015, já havia identificado várias irregularidades no seu funcionamento e operação, disse Wellington Luiz em entrevista.

Leia alguns trechos do pensamento do deputado:

Notibras – a Fundação Getúlio Vargas prepara um Raio X sobre o sistema de transportes na capital da República, a um custo de quase 5 milhões de reais. Isso vai resolver o problema?

Wellington – O transporte público é o que mais afeta a população brasiliense. É estranho contratar um estudo a esse preço, principalmente sem licitação; é um desrespeito com o dinheiro público, pois toda contratação. deve ser precedida de uma licitação. Não dá para entender porque só agora o Buriti busca conhecer a fundo o sistema. O certo é que o Governo perdeu tempo desde a CPI dos Transportes, que àquela época, em 2015, já havia identificado várias irregularidades no seu funcionamento e operação.

Fica claro, então, que o governador errou na avaliação da questão dos ônibus…

– Claro que sim. Rollemberg, por questão meramente política, ignorou o trabalho da CPI, em prejuízo do povo de Brasilia, que sofre há bastante tempo com a precariedade e os altos custos dos transportes públicos da capital.

E essa auditoria, poderia ter sido contratada há mais tempo?

– O Governo tem demorado para tomar decisões, e não é apenas em relação a isso, é em relação a tudo. E isso ocorre porque Rollemberg é soberbo, acha que pode lidar com os problemas da cidade sozinho, sem a participação da Câmara Legislativa, das demais instituições representativas da sociedade civil. O isolamento é um erro grave, porque vivemos numa democracia participativa, em que a sociedade atua de maneira direta na solução das suas demandas.

É correto dizer que foi um erro determinar o aumento nas tarifas?

– O reajuste das tarifas é um equívoco na forma e no conteúdo. Na forma, porque se fez na calada da noite, na virada do ano, sem nenhuma discussão. Nem mesmo o vice-governador foi chamado a tratar do assunto. A falta de transparência revoltou a todos e a sociedade se rebelou porque não admite mais ser tratada com desrespeito. No mérito, o reajuste é absolutamente inoportuno porque simplesmente transfere para o usuário do sistema a responsabilidade pelo alto custo do transporte, impondo mais sacrifícios ao povo que já sofre bastante com a crise econômica, o achatamento salarial, a saúde deteriorada, a violência crescente, além de outras chagas sociais, para as quais o governo ainda não deu nenhuma resposta.

E o software de 53 milhões, qual sua opinião sobre isso?

– O Governo de Brasília se contradiz o tempo todo. Diz não ter recursos para tudo que é interesse direto da população, mas gasta indiscriminadamente em coisas que são supérfluas ou não tão urgentes, como esse exemplo do software. Isso demonstra que os recursos existem e que o problema é de gestão. Rollemberg está perdido, sem rumo, e não consegue perceber as prioridades que o povo julga essenciais neste momento. Falta comunicação com a população.

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