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Era coisa de velho

Cornélio descobriu bem antes os gases de Tancredo

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José Escarlate

Durante todo o governo Geisel, o meu companheiro de quarto nas viagens, era o Cornélio Franco. Amigo, alegre. Nos identificávamos muito, inclusive com as brincadeiras e molecagens que ele fazia com os colegas. Conversávamos também bastante.

Quando assumiu a chefia da sucursal do Estado de Minas, em Brasília, ele e outros repórteres foram convidados para passar um dia na fazenda de Tancredo Neves, em Cláudio, interior mineiro.. A casa era acolhedora. Os móveis, simples, mas de bom gosto.

Após o almoço, onde foi servida uma canjiquinha de dar água na boca, Cornélio notou que Tancredo, mesmo sentado em uma espreguiçadeira, na varanda, conservava a mão direita no bolso, comprimindo o abdômen.

Comentou o fato com outros companheiros. Até que, não se contendo, perguntou:: “O senhor sente dor?”

Tancredo suspirou fundo e negou. “É coisa de velho, seu Cornélio. São gases atrapalhando as minhas conversas”.

PV

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