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Economia falida

Desemprego dispara e deixa 312 mil no olho da rua no DF

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Marina Nery e Paloma Suertegaray

Em Brasília, o nível de ocupação no comércio aumentou 2,5% em janeiro em relação ao mês anterior. A porcentagem equivale a 6 mil novos postos de trabalho — 18 mil a mais que no mesmo período de 2016. Os demais setores da economia, no entanto, registraram queda. A redução foi de 1,7% no número de trabalhadores da área de serviços, de 6% na construção civil e de 6,4% na indústria de transformação — são 18 mil ocupações a menos (1,4 %) no mês.

As informações são da Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal (PED), divulgada em entrevista coletiva nesta quarta-feira (22). O estudo é fruto de parceria da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Os dados também mostram que a taxa de desemprego total aumentou de 18,6%, em dezembro, para 19,3%, neste mês — o que significa 312 mil pessoas sem emprego. Em janeiro de 2016, o índice era de 15,6%. De acordo com a pesquisa, o aumento se deve à pressão exercida pela entrada de novas pessoas no mercado de trabalho, superior à criação de vagas de emprego.

Nos últimos 12 meses, o nível de ocupação aumentou em 1,6%, o que representa 21 mil novos postos de trabalho. Entretanto, a população economicamente ativa aumentou em 6,3%, ou 96 mil pessoas. Além disso, o rendimento médio real decresceu entre ocupados (-13,1%) e assalariados (-7,5%).

“Quando a renda de uma família diminui, novos membros precisam procurar emprego, geralmente os mais jovens. Por isso, ainda que as vagas tenham aumentado, a demanda continua maior”, explicou a coordenadora da PED pelo Dieese, Adalgiza Amaral.

Ao longo do ano passado, o contingente de assalariados apresentou relativa estabilidade (-0,1%), como resultado do aumento no setor privado (1,6%) e redução no setor público (-3,2%). No privado, no entanto, o contrato sem carteira aumentou 14,1%. Também cresceu o número de empregados domésticos (7,8%) e de autônomos (21,8%).

“Isso significa que houve uma redução do número de pessoas trabalhando nas categorias de emprego mais formais”, explicou a diretora de Estudos e Políticas Sociais da Codeplan, Ana Maria Nogales. “É um sinal da crise pela qual o País está passando. Os dados servem como base para reforçar as medidas necessárias”, completa.

De dezembro para janeiro deste ano, houve uma redução de 20 mil pessoas no contingente de assalariados do setor privado (3%) e um aumento de 4 mil no setor público (1,4%). Também caiu o número de contratos com carteira de trabalho assinada (-1,8%), sem carteira (-8,5%) e autônomos (-2,2%).

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