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Está na hora da mudança, com o ‘Fora Dilma’ superando o ato das Diretas-Já em SP

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Felipe Meirelles com Agências

O histórico comício das Diretas-Já, realizado em São Paulo no fim do regime militar, foi superado em número de participantes neste domingo, na manifestação que levou milhares de pessoas à Avenida Paulista em defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff. É o que demonstra o Datafolha.

Se, na época de Ulysses Guimarães e Tancredo Neves, os manifestantes somaram 400 mil pessoas, o número de pessoas neste 13 de março passou dos 450 mil, em termos de concentração. Se forem computadas as pessoas que passaram para marcar presença, os cálculos indicam 1 milhão 400 mil.

No Planalto, as manifestações surpreenderam Dilma e seus assessores diretos. O governo teme o impacto dos protestos no processo de impeachment. A ausência de confrontos nos atos, porém, foi motivo de alívio.

Em conversas reservadas, interlocutores de Dilma dizem que é preciso um pacto nacional para sair da crise, mas ainda não conseguem definir os próximos passos.

“A situação é muito difícil”, disse um ministro. “Os problemas não são poucos e matamos muitos leões por dia. Mas nós achamos que nem todos os caminhos estão interrompidos.”

Preocupada com o esfacelamento da base aliada, depois do aviso prévio de 30 dias dado pelo PMDB ao governo, Dilma retomará nesta semana as conversas com parlamentares de todos os partidos e também tentará se aproximar da oposição. Muitos no Planalto falam na necessidade de uma “concertação”, mas ninguém sabe como, de fato, essa ideia pode sair do papel.

Até sexta-feira, o governo avaliava que os atos deste domingo seriam maiores que os três últimos, no rastro da delação premiada do ex-líder do governo no Senado Delcídio Amaral (PT-MS) e da condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no depoimento à Polícia Federal. O monitoramento feito pelo Planalto não indicava, porém, que as adesões poderiam superar as dos protestos de março de 2015.

Na tentativa de não acirrar ainda mais os ânimos, a resposta do governo será na linha de que, independentemente do número de pessoas nas ruas, o governo respeita as manifestações, apoia as investigações da Operação Lava Jato e está trabalhando para retomar o crescimento econômico.

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