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Gás hélio pode tirar San Andreas da ficção e virar um terremoto arrasador

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A cena de um grande terremoto destruindo pontos turísticos dos Estados Unidos, como mostrou o filme “Terremoto – A Falha de San Andreas”, do diretor Brad Peyton, pode não ser mais só algo restrito às telonas.

Um relatório do serviço geológico dos EUA alertou que o risco de “um grande terremoto” atingir o Estado da Califórnia aumentou dramaticamente, após cientistas descobrirem um vazamento de gás hélio na falha de Newport-Inglewood, perto de Los Angeles, a 64 quilômetros da falha de San Andreas.

Segundo cientistas, o achado também lança uma nova luz sobre a região da Bacia de Los Angeles. Ele revela que a falha é muito mais profunda do que se pensava, e um terremoto seria muito mais devastador.

A estimativa para a probabilidade de que a Califórnia seja atingida por um terremoto de magnitude oito ou mais na escala Richter nos próximos 30 anos aumentou cerca de 4,7% a 7%.

O estudo foi publicado no jornal eletrônico da União Geofísica Norte-Americana e da Sociedade Geoquímica.

O geólogo da Universidade de Santa Bárbara Jim Boles encontrou evidências de vazamento de hélio na superfície da Terra ao longo de um trecho de quase 50 quilômetros.

Considerado primitivo, o gás hélio é um vestígio do Big Bang, e sua única fonte terrestre é a superfície.

De acordo com o geólogo, a falha Newport-Inglewood parece estar localizada em uma zona de subducção, em que uma placa tectônica afunda sob outra, de 30 milhões de anos de idade, por isso é surpreendente a presença do gás ao longo da superfície terrestre.

“Os resultados são inesperados para a área, porque a bacia de Los Angeles é diferente das superfícies onde ocorre a maioria dos vazamentos de hélio”, disse Boles em entrevista ao site de notícias britânico Daily Mail.

“Tivemos sorte de que a atividade sísmica na Califórnia tenha sido relativamente baixa ao longo do século passado”, disse Tom Jordan, diretor da Southern California Earthquake Center e co-autor do estudo.

“Mas sabemos que as forças tectônicas estão apertando continuamente o sistema da falha de San Andreas, fazendo com que grandes terremotos sejam inevitáveis”, completa.

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