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Rio

Hamlet na mostra Shakespeare e o Cinema

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Paulo Virgílio

Os 400 anos da morte de William Shakespeare (1564-1616) estão sendo lembrados pelo Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro com uma mostra que celebra a influência do dramaturgo inglês sobre uma arte surgida séculos depois da era em que ele viveu. Até o dia 11 serão exibidos 13 filmes na mostra Shakespeare e o Cinema, feita pela instituição em parceria com o British Council.

Considerado um clássico absoluto, o filme Hamlet, feito em 1948 pelo ator e cineasta britânico Laurence Olivier (1907-1989) abre a mostra, na noite desta quinta-feira. Protagonizada pelo próprio Olivier, a adaptação da tragédia do príncipe dinamarquês que jura vingar a morte do pai, assassinado pelo irmão, foi vencedora de quatro Oscars em 1949 e do Grande Prêmio do Festival de Veneza.

Hamlet, de Laurence Olivier, é um dos filmes que estão na mostra em homenagem a Shakespeare no Instituto Moreira Salles Divulgação/Instituto Moreira Salles
Hamlet foi um dos três longas-metragens baseados em peças de Shakespeare que Olivier adaptou e dirigiu para o cinema. Segundo o curador da mostra, Roberto Rocha, o ator e diretor inglês considerava que “Shakespeare, de certa forma, escreveu para o cinema”.

Roberto Rocha, professor adjunto de literaturas de língua inglesa da Universidade Federal do Rio de Janeiro, participará de um debate neste sábado (3), após a exibição de Rei Lear, de Peter Brook, às 16h. Ele falará sobre as adaptações da obra de Shakespeare para o cinema com mediação de Guilherme Freitas, editor-assistente da revista Serrote, editada pelo IMS.

Segundo Rocha, a seleção apresentada na mostra atesta a riqueza com que a obra shakespeariana tem sido recriada no cinema. “Cada um dos filmes constitui uma obra autônoma que conquista seu valor não por se basear em uma obra de Shakespeare, mas pelos meios de recriação por eles engendrados a fim de tornar essa obra ainda artisticamente viva e significativa, passados 400 anos da morte de seu autor”, diz o curador.

Rocha diz que alguns filmes partem de uma montagem específica de um obra de Shakespeare, como é o caso de Rei Lear, versão cinematográfica da montagem que Peter Brook dirigiu para a Royal Shakespeare Company, em 1962. Já em Trono Manchado de Sangue, que será exibido nesta sexta-feira (2), o cineasta japonês Akira Kurosawa transportou a história de Macbeth para o seu país, com os principais personagens trajando a roupagem típica do teatro nô e dos filmes de samurai japoneses.

Agência Brasil

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