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Hawking lista quatro cenários imaginários que podem acabar com a humanidade

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A humanidade corre o risco de ser extinta graças a perigos criados por ela mesma, segundo o físico britânico Stephen Hawking.

Hawking foi o convidado deste ano das chamadas Reith Lectures – evento que desde 1948 convida pessoas de projeção pública para uma série anual de palestras transmitida pela emissora de rádio BBC Radio 4 .

Segundo o cientista, existem quatro cenários possíveis para um fim do mundo criado pela própria humanidade. E o progresso na ciência e tecnologia criará “novas formas de as coisas darem errado”.

“Apesar de serem baixas as possibilidades de um desastre no planeta Terra em um ano qualquer, isso vai se acumulando com o tempo e se transforma em uma quase certeza para os próximos mil ou dez mil anos”, disse Hawking.

Hawking já fez vários alertas antes a respeito dos perigos que a humanidade estava criando.

Veja abaixo os quatro possíveis motivos para um fim do mundo, segundo a opinião do cientista.

Inteligência artificial – Stephen Hawking acredita que os esforços para criar máquinas que pensem sozinhas são uma ameaça à nossa existência.

“O desenvolvimento de uma inteligência artificial total (AI) pode levar ao fim da raça humana”, disse o físico à BBC em 2014.

Segundo ele, as formas primitivas de inteligência artificial desenvolvidas até o momento já provaram ser úteis, mas Hawking teme as consequências de se criar algo que possa se igualar ou até superar os humanos.

“(As máquinas) iriam evoluir sozinhas, refazer o próprio projeto a uma velocidade cada vez maior. Humanos, que são limitados por uma evolução biológica lenta, não poderiam competir e seriam substituídos.”

Hawking não é o único que teme a inteligência artificial. O cinema americano já tratou a questão como uma ameaça em vários filmes como 2001: Uma Odisseia no Espaço (de 1968), Bladerunner (de 1982), a série de filmes O Exterminador do Futuro , entre outros.

Guerra Nuclear – Se as máquinas não nos matarem, nós poderemos fazer isso por conta própria.

“O fracasso humano que eu mais gostaria de corrigir é a agressão”, disse Hawking em uma palestra no Museu da Ciência de Londres, em 2015.

“Pode ter sido uma vantagem para a sobrevivência na época dos homens das cavernas, para conseguir mais comida, território ou parceiros para reprodução, mas agora é uma ameaça que pode destruir todos nós.”

As armas de destruição em massa atuais são capazes de acabar com a vida na Terra, e a proliferação dos arsenais nucleares é uma grande preocupação mundial.

“Uma grande guerra mundial significaria o fim da civilização e talvez o fim da raça humana”, disse Hawking.

Vírus genético – E as armas nucleares podem não ser a pior ameaça entre as invenções da humanidade.

Em 2001, Hawking disse ao jornal britânico Daily Telegraph que a raça humana enfrenta a perspectiva de ser exterminada por um vírus criado por ela mesma.

“No longo prazo, fico mais preocupado com a biologia. Armas nucleares precisam de instalações grandes, mas engenharia genética pode ser feita em um pequeno laboratório. Você não consegue regulamentar cada laboratório do mundo. O perigo é que, seja por um acidente ou algo planejado, criemos um vírus que possa nos destruir”, disse o cientista ao jornal.

“Não acho que a raça humana vai sobreviver aos próximos mil anos, a não ser que nos espalhemos pelo espaço. Há muitos acidentes que podem afetar a vida em um único planeta.”

Novamente, temores como esse já foram retratados por Hollywood. Filmes como 12 Macacos , Eu Sou A Lenda e a série Resident Evil são apenas alguns dos que mostram um cenário no qual vírus feitos pelos homens destroem a sociedade.

Aquecimento global – Stephen Hawking descreveu um cenário futurístico apocalíptico no documentário A Última Hora , de 2007.

“Uma das consequências mais graves de nossas ações é o aquecimento global, causado pela emissão de crescentes níveis de dióxido de carbono resultantes da queima de combustíveis fósseis. O perigo é que o aumento da temperatura se transforme em (um processo) autossustentável, se é que já não está assim.”

“Secas e devastação de florestas estão reduzindo a quantidade de CO2 que é reciclada na atmosfera”, afirmou.

“Além disso, o derretimento das calotas polares vai reduzir a quantidade de energia solar refletida de volta para o espaço e assim aumentar ainda mais a temperatura. Não sabemos se o aquecimento global vai parar, mas o pior cenário possível é que a Terra se transforme em um planeta como Vênus, com uma temperatura de 250 graus na superfície e chuvas de ácido sulfúrico.”

“A raça humana não pode sobreviver nestas condições”, acrescentou.

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