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Virou cinzas

História verdadeira sobre a morte da EBN

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José Escarlate

O último pouso da Agência Nacional, antes da criação da EBN foi no edifício Antônio Venâncio da Silva, no Setor Comercial Sul. Ocupava três andares do prédio, onde ficavam a direção, estúdios e redações da agência de notícias, da Voz do Brasil e da sinopse.

Governo Geisel, eu cobria o Palácio do Planalto, mas todas as manhãs tinha uma reunião com o Aldemar Miranda, que dirigia a Agência Nacional. Final de governo, sempre via na ante-sala do Miranda um cidadão, em meio a uma papelada, consultando arquivos e pastas, com o apoio da secretária, a Selma Brum, pessoa excelente e amiga.

Perguntei a ela quem era o moço. “É o homem que está cuidando da papelada para transformação da Agência em empresa pública”. “Tem nome?” – indaguei. “Geraldo Magela Fernandes da Rocha, mas ele só fala muito com o seu Miranda” – disse a Selma.

Tempo passa, a EBN é criada por Said Farhat e quem encontro chefiando o gabinete da presidência da empresa: o cidadão Geraldo Magela, que lá ficou durante toda a gestão do Apolônio Salles Filho, permanecendo no posto quando Marco Antônio Kraemer o substituiu.

No governo Sarney, Kraemer saiu e Magela foi para a Radiobras, com o Antônio Martins, seu conterrâneo, como Diretor-Administrativo. Com a derrocada da EBN, por conta da entrevista do brigadeiro Camarinha, a fraqueza de José Sarney e o autoritarismo do general Ivan de Souza Mendes, coube ao Geraldo Magela Fernandes da Rocha emitir dois importantes documentos de vida e morte da Empresa Brasileira de Notícias. A certidão de nascimento e o seu atestado de óbito.

PV

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