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Índia zomba da mão suja de petróleo de Lula, que afundou País com mania de grandeza

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Hermano Leitão

Em discurso no Conselho Nacional de Pesquisa Econômica Aplicada em Nova Déli, o presidente do Banco Central da Índia, Raghuram Rajan afirmou que o Brasil sofre hoje as consequências da visão megalomaníaca do governo Lula, por ele considerar o desenvolvimento das bilionárias reservas de petróleo do pré-sal “o bilhete de loteria” para o desenvolvimento do país com crescimento econômico nunca antes visto na história deste país.

Na opinião de Rajan (What went wrong?), o Brasil errou ao tentar sustentar o crescimento por meio de robustos e seletivos subsídios (“favored with tax breaks”) do BNDES a corporações privilegiadas; ao pressionar o Banco Central a reduzir juros (SELIC) inoportunamente; ao incentivar largamente o crédito (fueling a credit spree) para consumo de bens pelas famílias; ao impor controle de preços em produtos e serviços administrados, principalmente gasolina e energia, em descontrole e perdas nesses setores da economia; ao aprofundar o buraco da dívida da previdência e sem promover reformas; ao expandir o déficit orçamentário em descontrole dos gastos públicos; ao assistir o aprofundamento da corrupção na Petrobrás, que supostamente deveria ter feito substanciais investimentos na exploração de petróleo, mas encolheu 60% do valor de mercado e tornou-se a empresa de petróleo mais endividada do mundo.

Em suma, esse quadro levou o país a pagar o preço da megalomania com alta inflação, desemprego a taxa de 13%, altos déficits fiscais e retração econômica depressiva. No atual panorama, Raghuram Rajan constata que o Brasil perdeu o grau de investimento e tornou-se lixo (junk) internacional; a economia encolheu 3.8% em 2015 e seguirá encolhendo ainda mais em 2016 (Itaú prevê -4%) e 2017 (BTG Pactual prevê -1%); o real desvalorizou-se 70% em 2015; o déficit fiscal primário (consolidated fiscal déficit of the state) é o pior do mundo; também, a inflação segue em insuportáveis dois dígitos agravada por uma instabilidade macroeconômica e por uma inóspita economia global.

Aqui no Brasil, para traduzir essa mistura de incompetência e ganância dos governantes, o povo fala que ele enfiou o pé na jaca, ou, quem nunca comeu melado, quando come se lambuza. De fato, a megalomania de Lula sempre esteve presente em sua personalidade e na sua auto imagem pública: presidente de honra do PT, mitificado em livro e filme como o novo pai dos pobres, agraciado com batismo de campo de petróleo, presenteado com milhões de mimos de empreiteiras e empresários, brindado com finos whiskies escoceses, banqueteado com suculentas chuletas argentinas, alegrado em recantos rurais em meio a rosas e patas, alçado em triplex com larga vista para o mar profundo, enfim, um rei sol.

Com tamanha inflação de ego, no alto de sua visão ideológica do século XIX, Lula soergueu um projeto de poder de vinte anos – a qualquer preço de coaptação ou até mesmo sob os auspícios do diabo para ganhar eleições. Assim, ele subiu aos píncaros da política e elegeu até um poste sem luz como sucessora sem sucesso, para retorno anunciado. No entanto, do cume ele desce em sôfrego medo da solitária em possível cárcere, pois seu dedo invisível não manipula mais o mercado frequentado pelas multidões que assistem ao desmantelamento de uma quadrilha de corruptos de seu partido.

Passar o resto da vida na cadeia, talvez seja um preço módico para quem impôs um fardo muito grande sobre povo brasileiro, que agora luta para conseguir pagar a conta oriunda dos crimes de corrupção perpetrados pelo espólio petista e patrocinada por sua megalomania. Como disse Raghuram Rajan, tudo que o Brasil não precisava era ser “overambitious” (it is at such times that we should not be overambitious. The risk is the enormous costs of becoming an unstable country and pay the price in higher inflation, higher deficits, and no growth).

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