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Jaguar XF duela com Mercedes 250 em busca de cliente

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Igor Macário

Eles têm tamanho e proposta iguais, mas Jaguar XF e Mercedes-Benz Classe E são máquinas tão diferentes quanto ingleses são de alemães. Nas versões com motor 2.0, eles não oferecem desempenho arrebatador, mas entregam espaço e conforto dignos de um segmento em que sofisticação é primordial.

Por R$ 309.990, o E250 Avantgarde compensa a diferença de quase R$ 30 mil em relação ao XF 25t R-Sport, de R$ 276.620, e ganha este comparativo. Ele oferece um pacote mais completo de itens de segurança.

O destaque fica por conta do sistema de condução semiautônoma, que consegue dar ao motorista alguma liberdade ao volante, enquanto o carro segue o rumo pedindo apenas que o condutor encoste um dedo no volante. Há ainda monitor de faixas e pontos cegos, além de uma tecnologia que pode parar o carro sozinho caso o motorista deixe de responder aos comandos.

O XF não traz nenhum desses itens, o que acaba deixando o modelo inglês em desvantagem ante o rival e faz o conjunto do Jaguar parecer enxuto demais, mesmo que custe menos. A superioridade do E250 continua no acabamento, mais suntuoso e agradável que o do rival. Os materiais e, particularmente, o couro dos bancos, transparecem maior qualidade e requinte. A cabine também é bem desenhada e menos sisuda, com linhas curvas e iluminação com incontáveis possibilidades de cores.

No entanto, nem de longe o XF é um carro mal acabado ou pobre. O interior é mais funcional, com interfaces mais simples, tanto de botões físicos quanto na ótima central multimídia. Esse sistema, com tela sensível ao toque, é mais fácil de usar que o da Mercedes, cuja interação é feita por comandos de toque e botões no console central. Há muitas funções redundantes, característica que acaba confundindo o usuário, que precisa de tempo para aprender todos os atalhos.

As notas de manutenção não foram consideradas na avaliação pois a Mercedes não divulga preços fechados de revisões.

Como andam – Sedãs com quase cinco metros de comprimento e motores 2.0 são uma combinação que tem tudo para dar errado. O primeiro pensamento é de que os carros terão reações lentas. Essa dupla, porém, mostra que os tempos mudaram. Nenhum deles é um rojão que faz as costas dos ocupantes colarem nos bancos, como suas versões com motor V6 ou V8, mas são capazes de dar alguma alegria a quem está ao volante.

Os 240 cv do XF dão a ele ótimo desempenho em relação à proposta dos dois carros. O câmbio de oito marchas tem funcionamento irrepreensível e ajuda o modelo a disparar à frente quando necessário. O torque ligeiramente menor que o do E250 é compensado pelo peso mais baixo e, junto com a potência maior, deixa o Jaguar mais esperto.

No entanto, mesmo com “só” 211 cv, o Classe E se resolve bem e é mais ágil do que a ficha técnica dá a entender. O câmbio automático de nove marchas também tem ótimo funcionamento e o sedã deslancha suavemente. É raro ele dar a entender que faz algum esforço para sair do lugar.

A questão é que todo o acerto do carro é mais voltado para o conforto, com suspensão mais macia, direção leve e respostas mais plácidas do motor no modo “normal” de condução.

Mas se a ideia é andar rápido numa rodovia, por exemplo, o modelo corresponde e não passa vergonha. Basta pisar mais fundo no acelerador que o 2.0 “acorda” e o bom torque em baixa rotação dá boas respostas ao sedã que, como o XF, é notavelmente “bom de curva” e seguro em alta velocidade.

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