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Janot vive pesadelo e Michel Temer tem sonho de assumir o Planalto

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O mandato de Rodrigo Janot como procurador-geral da República encerra no dia 17 de setembro. Justamente no momento em que estarão sendo encaminhados ao Supremo Tribunal Federal pedidos de abertura de processos contra políticos importantes, entre eles senadores, beneficiários de recursos desviados da Petrobras.

Nesta quarta-feira (5), procuradores de todo o pais, escolherão os três nomes que vão compor a lista tríplice que será encaminhada à presidente Dilma Rousseff.

Rodrigo Janot é apontado como o favorito para ser o primeiro da lista. Isto ocorrendo, por tradição, a presidente deverá indicá-lo ao Senado para continuar à frente da PGR por mais dois anos.

Será sabatinado pelos senadores na Comissão de Constituição e Justiça, e seu nome votado no plenário pelos 81 senadores. A votação será secreta.

Os senadores Renan Calheiros e Fernando Collor já anunciaram que não pretendem vê-lo reconduzido a tão importante cargo. A oposição anunciou que votará favorável a Janot. Sua recondução vai depender do voto de senadores independentes e daqueles que não seguem a cartilha de Renan e Collor.

Enquanto Janot vive o que muita gente considera pesadelo, o vice-presidente Michel Temer está determinado a deixar o Palácio do Jaburu para morar no Palácio da Alvorada.

Para tanto, procura aproveitar ao máximo a missão que lhe foi confiada pela presidente Dilma Rousseff de pacificar a área política e melhorar as relações entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional. Adotou a estratégia de um equilibrista de circo, que tudo faz para não cair dos fios de aço utilizados para suas apresentações.

Michel Temer procura estar de bem com os políticos e partidos, mesmo os da oposição. Não entra em bola dividida com ninguém. Sempre surge como bombeiro para apagar incêndio. Assim fez na grave crise que acabou levando o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, seu colega de partido, a romper com a presidente Dilma e com “os aloprados do Palácio do Planalto”. Segundo Temer “foi uma crisezinha, já contornada”.

Ele age sempre mirando no que possa lhe trazer benefícios políticos. Sabe que a situação da presidente Dilma se agrava a cada dia.

De um momento para outro, a presidente corre o risco de ser defenestrada do comando do governo. Certamente, cairia no seu colo a tarefa de conduzir a chapa eleita em 2014 e comandar o Brasil até o fim de dezembro de 2018.

Isso não ocorrendo, Michel Temer teria o plano B: ser o candidato do PMDB à Presidência da República em 2018.

Essa estratégia seria colocada um funcionamento em outubro próximo, quando o PMDB promoverá sua convenção nacional. Nesse momento, a legenda deverá estar desligada do governo e em oposição ao PT do ex-presidente Lula.

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