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Foro privilegiado

Jucá denuncia suruba fechada entre os Poderes

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Marta Nobre

Tem uma suruba em andamento na Praça dos Três Poderes. Mas é restrita a um pequeno grupo. Porém, para ser boa, a suruba tem de ser aberta para todo mundo. Essa posição foi manifestada por Romero Jucá (PMDB), líder do Governo no Senado, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo. Ele se referia aos sinais do Judiciário para acabar com o foro privilegiado.

Suruba, literalmente, é ‘todo mundo comendo todo mundo’, ou, em outras palavras, uma orgia sexual. Para ser mais explícito: bacanal de verdade, segundo definição dos dicionários da língua portuguesa.

Nessa festa erótica apontada pelo senador, participam homens e mulheres, todos com interesse sexual. É onde todo mundo fica à vontade para fazer sexo com todo mundo que aguentar, afirmam os filólogos.

O senador não deixou claro, entretanto, se nessa relação promíscua estão usando poreservativos para evitar contaminação geral. Jucá foi categórico. “Se a prerrogativa (do foro privilegiado) acabar, “tem que ser para todo mundo” e não uma “suruba selecionada”, sublinhou.

O foro privilegiado abriu uma guerra ehntre o Legislaivo e o Judiciário. No Congresso, base aliada e oposição ameaçam aprovar proposta de emenda à Constituição que prevê o fim dsse benefício a magistrados e integrantes do Ministério Público caso o Supremo Tribunal Federal leve adiante a proposta que atinge os políticos.

Holocausto político – Mais cedo, na Tribuna do Senado, Jucá discursou por mais der uma hora para se defender das acusações de que tenta atrapalhar a Operação Lava Jato. Ele acusou a imprensa de tentar fazer o “linchamento” dos políticos.

O senador, após recuar do projeto que poderia blindar os membros da linha sucessória da presidência, na semana passada, foi hostilizado ao desembarcar no aeroporto de Boa Vista, onde tem sua base eleitoral. Citando referências históricas, Jucá afirmou que a imprensa “aponta a guilhotina” para os parlamentares e depois “parte para o estraçalhamento”.

“Está parecendo que estamos vivendo o período da inquisição, ou a Revolução Francesa. Estão querendo pregar em todos nós a estrela de Israel no peito, como os nazistas pregaram nos judeus que viviam na Alemanha. No passado, a turba fazia linchamentos, hoje quem tenta fazer é a imprensa e setores da sociedade”, atacou. O líder do governo se referia à estrela de Davi, símbolo do Judaísmo que era costurado nas roupas dos judeus no período nazista, na Alemanha, para identificá-los.

O peemedebista disse ainda que os jornalistas teriam pressionado parlamentares a retirar as assinaturas na última quinta-feira, 16. Após as notícias sobre a sua proposta ser divulgada, pelo menos dois senadores desistiram do apoio ao texto.

“Estamos agora sofrendo patrulhamento na tramitação de projetos? Isso comigo não funciona”, declarou. Ele afirmou que recuou da proposta para que o Congresso coloque “os pontos nos is” e “não se diminua”. “Da minha parte, não haverá diminuição”, continuou. Após o discurso, ele avaliou que a proposta pode ser discutida novamente no futuro.

Jucá também criticou o vazamento das delações premiadas pelos jornalistas, que chamou de “nova vivandeiras e carpideiras”. “É liberdade imprensa vazar um pedaço de delação? E a que preço essa imprensa recebe o pedaço da delação? Não sei”, continuou.

Segundo o líder governista, alguns segmentos da Imprensa, de maneira geral, “choram defuntos ainda vivos”. “Quero dizer com muita tranquilidade, aos meus adversários e a quem quer me marcar com uma estrela no peito: eu não vou morrer de véspera, eu não me entrego, eu sei o que eu defendo, eu sei o que eu fiz, e eu sei o que vou fazer”, garantiu.

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