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Marina, tsunami eleitoral, deixa os comitês dos adversários perplexos

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Entre cardeais do PT e no  ‘’ninho dos tucanos’’ o grande temor é que a candidata Marina Silva se transforme num enorme tsunami eleitoral. Que repita o fenômeno Tiririca nas eleições de São Paulo, em 2010.

Tudo está indicando que ela vai ser o desaguadouro dos votos de um bom número de desiludidos com as administrações de oito anos de FHC e doze anos do PT – oito de  Lula e quatro de Dilma. Soma–se a eles parte dos que pretendem  votar em branco, anular o voto ou que estão em cima do muro. São os eleitores cansados da velha política e que querem mudanças. São aqueles que não aceitam mais a polarização entre PT e PSDB, que domina o cenário político nacional há vinte anos.

Ao contrário do que apregoam  alguns políticos, Marina agregará mais votos do que perderá  com sua decisão de não subir em palanques de determinados políticos e partidos, em diversas regiões do país. E mais votos terá com a não aceitação de doações de empresas de bebidas, fumo e agrotóxicos. É o reflexo do repúdio que sentem hoje pelos políticos e ao sistema político-eleitoral vigente. Esse sentimento gravita em torno de cerca de 70% dos eleitores brasileiros, conforme revelam recentes pesquisas.

Lembramos ainda que Marina entra na disputa presidencial com 20 milhões de votos que obteve nas eleições presidenciais de 2010.

Tentar diminuí-la com o argumento de que não está preparada para assumir a Presidência da República não vai funcionar. Lula, eleito presidente duas vezes, é menos preparado que Marina. E a fama de gerentona da Dilma está sendo desconstruído.

Os presidenciáveis Dilma e Aécio vão ter que trabalhar muito, muito mesmo, para barrar o turbilhão Marina,  que desponta no horizonte do cenário político–eleitoral do Brasil. Ela também é carismática, evangélica, tem postura messiânica, semblante de mulher sofrida, marcada por doenças adquiridas nas florestas do Acre, como malária e febre amarela, além de problemas alérgicos. Sabe se comunicar. Portanto, uma barreira de difícil superação.

Essa enorme pedreira foi confirmada pela pesquisa IBOPE divulgada terça-feira, à noite, mostrando que haverá  um segundo turno para a escolha do futuro presidente da República. Dilma Rousseff (PT)  aparece em primeiro lugar, com 34% das intenções de voto, seguida por Marina Silva (PSB), com 29%, e Aécio Neves (PSDB) em terceiro, com 19%.

No segundo turno, a pesquisa revela que Marina dispara e abre nove pontos percentuais em relação a Dilma. Marina aparece com 45% das intenções de voto e Dilma com 36%.

Cláudio Coletti

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