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Morte de negro faz Ferguson recordar Mississipi em Chamas

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A decisão de um grande júri dos Estados Unidos nesta segunda-feira de não indiciar o policial branco que matou o jovem negro Michael Brown, um caso ocorrido em agosto, gerou imediatamente violentos distúrbios em Ferguson, a cidade no Estado do Missouri onde ocorreu o incidente, enquanto manifestações pacíficas estão acontecendo nas grandes cidades do país.

Veículos incendiados, janelas e veículos destruídos, saques e sons de tiros tomaram a Avenida West Florissant de Ferguson e seus arredores, após o anúncio da decisão judicial. Essa avenida também concentrou os distúrbios raciais que ocorreram em agosto pela morte de Brown.

Os manifestantes denunciaram que os agentes reprimiram o protesto com gás lacrimogêneo, mas a polícia do condado de Saint Louis garantiu, através do Twitter, que só utiliza “fumaça” para dispersar as pessoas.

A cidade de Ferguson, situada nos arredores de Saint Louis, está em alerta máximo, com o FBI e a Guarda Nacional preparados para intervir. Até o momento, aconteceram alguns confrontos entre policiais e manifestantes, com consequências para os estabelecimentos comerciais e carros estacionados nas proximidades.

A família do jovem manifestou “sua profunda decepção”, através de um comunicado, após saber da decisão. No entanto, pediu que os manifestantes evitassem os distúrbios, ao afirmar na nota que “responder a violência com violência não é a resposta”.

O presidente Barack Obama lembrou o desejo dos familiares do jovem em um discurso não programado na Casa Branca, no qual pediu calma e “contenção” a manifestantes e agentes.

“Nos próximos dias – os agentes – terão que trabalhar com a comunidade, não contra a comunidade”. “Terão que distinguir o núcleo reduzido de pessoas que talvez use a decisão do grande júri como uma desculpa para a violência”, afirmou o presidente.

Os protestos não acontecem apenas em Ferguson, mas se estendem por Nova York, Chicago, Los Angeles, Washington D.C., Oakland e outras grandes cidades do país.

As manifestações começaram logo depois da divulgação da notícia que Darren Wilson, o policial branco que matou Brown, continuará livre e não será indiciado, depois que o grande júri concluiu que não há provas suficientes para imputá-lo.

Após ouvir a versão de 60 testemunhas, o grande júri decidiu que não existe “causa provável” para acusar o agente. No dia 9 de agosto, Wilson disparou várias vezes contra o jovem de 18 anos, que estava desarmado, em circunstâncias que ainda não foram esclarecidas.

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