O bem que as lágrimas fazem aos nossos olhos

Beka Andrade, Edição

Comumente associada apenas a expressões de sentimentos intensos, as lágrimas fazem parte de higienização, proteção e rejuvenescimento do sistema ocular, tendo como uma das principais funções manter os olhos lubrificados e devidamente protegidos. Esse líquido também é conhecido como fluido lacrimal ou filme lacrimal e, nos seres humanos, ficam localizadas nas pálpebras.

Apesar da associação limitada ao choro, riso ou também muito comum no bocejo, as lágrimas contam com classificações mais complexas, que existem para diferenciar cada uma delas de acordo com suas funções ou acontecimento. Basicamente, são delimitadas hoje pela ciência três tipos distintos de lágrimas.

Eles são: lágrima basal, lágrima reflexiva, lágrima emocional. Dentre essas, a lágrima mais conhecida é a lágrima emocional. Resultado de alguma variação no estado emocional de uma pessoa, ela surge quando alguém está muito triste, feliz, com raiva, aflito, nervoso ou, também, sentindo dores de diferentes tipos. Com acionamento totalmente interligado aos sentimentos, é uma lágrima que se diferente das outras pelo seu modo de secreção e também por sua composição química.

Já as lágrimas reflexivas são aquelas que surgem devido a um fator físico específico, mas que não estejam conectados com os sentimentos mencionados anteriormente. Aparentemente mais “mecânica”, as lágrimas reflexivas ocorrem quando uma pessoa boceja ou quando passa por alguma situação em que ocorra estímulos que para tal, como a reação perante a inalação de ares e vapores mais fortes como o resultado de uma bomba de gás lacrimogêneo ou simplesmente a inalação próxima a quem está cortando uma cebola

Outras situações também são responsáveis pela secreção da lágrima reflexiva e estão desassociadas ao olfato, como o bocejo a tosse, ainda que o reconhecimento de pimenta pela língua, ou até mesmo de algo muito quente, desencadeie a aparição dessa lágrima. Ela também se apresenta quando os olhos se defendem contra corpos diferentes, como um cisco.

O último tipo é a lágrima basal. Essa é a mais comum, ainda que a menos notada, exatamente pela sua presença constante. A lágrima basal é a aquela que permanece a todo o momento nos olhos, garantindo a sua umidade, proteção e saúde. Ela é considerada parte do sistema imunológico do corpo, já que protege os olhos contra diferentes ofensores.