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Otan pede calma a Moscou e Ancara após a derrubada de avião

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O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, pediu nesta terça-feira calma e menos tensões após um caça russo ser derrubado pela Turquia por uma suposta violação de seu espaço aéreo na fronteira sírio-turca e disse que os aliados confirmam a versão de Ancara.

“Peço calma e menos tensões”, assinalou Stoltenberg depois de se reunir, a pedido da Turquia, com o Conselho do Atlântico Norte, principal órgão decisório da Otan composto pelos embaixadores dos 28 aliados.

Dois caças F-16 turcos derrubaram um avião russo na fronteira sírio-turca por ter violado o espaço aéreo da Turquia, segundo Ancara, embora Moscou assegure que seu caça SU-24 não tenha ultrapassado a fronteira.

Um comando militar turcomano que combate na região síria em que caiu o bombardeiro russo derrubado pela Turquia afirmou nesta terça-feira que matou os dois pilotos da aeronave enquanto desciam de paraquedas.

Perguntado se o espaço aéreo da Turquia foi efetivamente violado, Stoltenberg, que conversou hoje sobre o incidente com o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, explicou que “a análise que recebemos de vários aliados (…) são consistentes com a informação passada pela Turquia”.

Por enquanto a Otan não teve “contato direto” com Moscou, indicou o principal responsável da Aliança.

“A diplomacia e a diminuição das tensões são importantes para resolver esta situação”, comentou Stoltenberg.

O presidente russo, Vladimir Putin, acusou a Turquia de ser “cúmplice do terrorismo” por derrubar o Su-24 quando, segundo Moscou, sobrevoava o espaço aéreo da Síria em uma missão contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e advertiu que “este trágico acontecimento terá graves consequências para as relações russo-turcas”.

A Turquia afirma que os pilotos do caça ignoraram dez advertências, mas Putin sustenta que o Su-24 “foi atacado a uma altura de 6.000 metros e a uma distância de um quilômetro da fronteira com a Turquia”.

O líder da Otan disse sobre as tensões entre Rússia e Turquia que quer ver “mais contatos entre Ancara e Moscou” para resolver não só esta “situação grave”, mas para continuar trabalhando no desenvolvimento e reforço de mecanismos que permitam evitar este tipo de incidente.

Ao ser perguntado se estes casos não refletem a falta de capacidade dos aliados de trabalharem com a Rússia na Síria, talvez por terem estratégias e alvos militares diferentes em suas ações nesse país, Stoltenberg considerou que o “inimigo comum” de todos deveria ser o EI.

“É importante que todos nós, também a Rússia, nos guiemos pelo objetivo global de derrotar o Estado Islâmico”, ressaltou.

“O que vimos é que a maioria dos ataques da Rússia até agora foram contra alvos em partes da Síria onde o EI não está presente”, acrescentou.

O principal responsável da Aliança Atlântica disse, além disso, que a organização continuará seguindo a evolução nas fronteiras sul e leste da Otan.

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