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Fechado com Temer

Para PPS, Lava Jato e Moro vão bem, mas há exageros

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Marta Nobre

Reunido neste fim de semana em Brasília, o Diretório Nacional do PPS aprovou uma moção de apoio ao presidente Michel Temer, ressalvando, porém, que a legenda terá autonomia para incorporar mudanças nos textos das reformas Política, Trabalhista e Previdenciária, que tramitam no Congresso. O apoio ao Palácio do Planalto, segundo a legenda, servirá “para ajudar o País a superar a grave crise deixada pelo PT”.

Com dois ministros na Esplanada (as pastas da Defesa, ocupada por Raul Jungmann, e da Cultura, onde está Roberto Freire), o PPS avalia que tem responsabilidades maiores com a administração de transição de Michel Temer, porque, embora pequeno (o partido) “foi um dos principais responsáveis pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff”, conforme lembrou Freire.

A Operação Lava Jato, claro, não ficou de fora dos debates da reunião do PPS. E coube ao deputado brasiliense Raimundo Ribeiro abordar o assunto. Depois de destacar o papel da legenda no governo e defender a necessidade de o Planalto apresentar números confiáveis para fundamentar as mudanças pretendidas, ele realçou a importância da Lava Jato.

A operação coordenada pelo juiz Sérgio Moro, no entendimento de Raimundo Ribeiro, é fundamental para os destinos do País. Contudo, advertiu, sem citar nomes, que “algumas ilegalidades estão sendo praticadas, e não se pode cometer ilícitos a pretexto de combater o crime”, frisou o parlamentar.

Otimismo – O presidente do partido, Davi Zaia, fez aos seus correligionários uma análise do atual quadro político, destacando que as medidas adotadas por Temer começam dar sinais de reação da economia, a exemplo da queda da inflação, dos juros e do indício da retomada do emprego.

“O governo tem tomado medidas importantes. Aprovou a PEC dos Gastos Públicos no ano passado para o equilíbrio financeiro. Temos a perspectiva de uma inflação controlada e devemos caminhar para a meta estabelecida. Com isso, o Banco Central está baixando os juros e abrindo a possibilidade de alguma retomada de crescimento ainda este ano”, indicou.

Davi falou da importância do PPS estar preparado para enfrentar a crise que ainda atinge o País. Ele avaliou que a instabilidade política traz muitas incertezas para o futuro, e que o partido precisa debater em profundidade a situação nacional apresentando propostas e ações para a volta do crescimento econômico.

“Apesar das mudanças e correções para a retomada da economia, o País ainda sofre com a instabilidade política. Tudo isso traz uma série de dificuldades, mas o partido precisa estar preparado para enfrentar esse processo. Vamos realizar encontros para debater as reformas e mostrar nosso posicionamento claro e firme, de contribuir com as mudanças necessárias para que o País encontre o seu rumo”, defendeu.

Já Roberto Freire reiterou que a postura de apoio ao Planalto é permanente. “A nossa responsabilidade ainda existe. Nós do PPS fomos um dos principais responsáveis pelo impeachment. O PPS teve postura ousada nesse aspecto. Isso nos dá ainda mais responsabilidades. Porque fazer [o impeachment] e depois deixar [de garantir o apoio] não condiz com a nossa história”, sublinhou.

Freire lamentou, porém, que “grande parte da esquerda se caracteriza como as crianças que reagem a qualquer forma de mudança, e isso há no mundo inteiro. Temos situações com maiores dificuldades, como a brasileira, inclusive por conta de uma hegemonia (do PT) que se perdeu não apenas pela ausência da compreensão política do que seria ser esquerda e vanguarda, mas perdeu-se também por ter perdido inclusive valores morais”.

Veja o vídeo com Raimundo Ribeiro:

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