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Veneza

Pausa no trabalho para um giro relaxante

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José Escarlate

1976 – Na viagem à Europa, onde fiz a cobertura do Campeonato Europeu de Atletismo, em Munique, e o Cross Internazionale Cinque Mulline, na Itália, em San Vittore Olone, como membro da delegação brasileira de atletismo, eu, o Ary Façanha de Sá, o doutor Vega Sena Jeronymo e uma das professoras, a Margot, ex-jogadora de volei que cuidava das jovens atletas, decidimos por uma esticada a Veneza

Viajamos de trem, pouco mais de duas horas e meia, passando por históricas cidades que eu conhecia apenas através do noticiário da segunda guerra mundial. Saindo de Milão, Monza, Bérgamo, Bréscia, Verona, Vicenza e Padova, O frio era cada vez maior e a neve caía em grandes flocos. Mesmo com o frio, Veneza é um beleza. É certo que um tanto suja. Ficamos num hotel que era uma jóia. Lindo, simpático, luxuoso e razoavelmente barato.

Seu nome, Hotel Ca’Sagredo. Parece ter sido um palácio veneziano. Refinado, atendimento excelente, fica à margem do Grande Canal e ao lado da estação Ca’Doro do vapporeto. O prédio é uma obra de arte, com salões bem decorados. O Ca’Sagredo, restaurado minunciosamente fica pertinho da ponte Rialto, da praça San Marco e de diversos bares, restaurantes e uma cantina, bem rústica mas arrumada, com música ao vivo, inclusive brasileira. Jantamos maravilhosamente bem e ficamos papeando até as 3 da matina, quando bateu o sono, sinal da ressaca causada pela pneumonia.

No dia seguinte, bordejamos pela cidade e fomos à famosa Cortina d’Ampezzo – poucos quilômetros de Veneza, de carro. Nos meses mais frios, especialmente dezembro, janeiro e fevereiro, esquiadores do mundo inteiro invadem a estação italiana de esportes de inverno. No caminho, Padova, ou Pádua, 37 quilômetros de Veneza, cidade medieval amuralhada tipicamente italiana, Na época do Império Romano, Pádua foi um importante centro comercial e agrícola.

Duas horas da tarde estávamos almoçando no Cannaregio, em Veneza, o restaurante que eu mais gostei. Uma graça. Bebi vinho. Não tinha Coca Cola. O bacalhau era delicioso, o atendimento fantástico e a trilha sonora perfeita. Como ninguém é de ferro, fomos dormir mais cedo. Pela manhã, após um café caprichado, dos deuses, rodamos por Veneza e fomos bater na agência da Alitália, tentando lugar no vôo para Frankfurt. Para passarmos de um lado para o outro do canal de São Marcos tinhamos que utilizar os vapporetos, pequenas lanchas que fazem a travessia.

Antes, fui à Basílica de São Marcos pedir a papai do céu por todos nós, que conservasse a nossa família sempre bastante unida, com saúde e feliz.

PV

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