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PCC toma Brasília de assalto, polícia nega, mas prepara contra-ofensiva

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Embora a Polícia Civil do Distrito Federal tenha realizado algumas prisões de membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) nos últimos meses, é cada vez mais evidente que a facção criminosa que atua no Rio de Janeiro e em São Paulo instalou-se em Brasília.

O que reforça essa tese, corroborada por integrantes do P2 (Serviço de Informações da Polícia Militar) são os arrombamentos de caixas eletrônicos no primeiro semestre de 2015. Já foram 15, segundo a Secretaria de Segurança Pública. A informação de que o PCC seria o autor das ações, porém, é discutida apenas no âmbito da PM.

O grupo faz jus à nomenclatura que recebe judicialmente: pratica o crime organizado. Num primeiro momento, os criminosos do PCC estariam fazendo apenas testes. Verificando as quantidades corretas de explosivos e a reação das autoridades da área de segurança.

No sábado 20, por exemplo, dois suspeitos foram presos na Asa Norte durante a tentativa de arrombar mais um caixa eletrônico, dessa vez do Banco Itaú. Mas a PM percebeu a movimentação diferente durante a madrugada e interrompeu a ação. Houve troca de tiros. Um criminoso fugiu.

Em novembro do ano passado, a polícia prendeu Sirlon Francisco Nunes, conhecido como Simbá. Ele é um dos integrantes do PCC que atuava na capital da República e na região do Entorno do Distrito Federal. Até pouco tempo atrás, ele ocupava uma cela na Penitenciária de Águas Lindas, Goiás. Na facção, Simbá coordenava as ações dos integrantes do grupo, que estavam em liberdade.

Também em novembro de 2014, o delegado Fábio de Souza, responsável pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DECO) da Polícia Civil, atribuiu ao próprio traficante Marcola o plantio da célula criminosa no Distrito Federal.

“Quando (Marcola) esteve preso em Brasília, procurou recrutar e disseminar essa ideologia (do PCC), mas elas foram combatidas. E agora, desde o início do ano passado para cá, eles buscaram essa estratégia de dividir as posições, definir as lideranças e, a partir daí, recrutar o maior número de pessoas para compor essa célula”, disse o delegado, à época.

Dentro da Papuda, já é sabido que existia uma célula do PCC. Embora a PCDF sustente que a facção foi desarticulada, os rumores de sua manutenção são fortes. Foram, inclusive, cumpridos mandados, por exemplo, de interceptação, dentro da Papuda.

No dia em que estiveram na penitenciária, os agentes encontraram drogas, armas brancas, munição e telefones celulares, além de chips e partes de aparelhos telefônicos. Questionada, a Divisão de Comunicação da Polícia Civil negou as informações.

Extraoficialmente, porém, delegados admitem a presença do PCC em Brasília. Tanto, que preparam uma contra-ofensiva para impedir que a facção domine a região.

Elton Santos, Repórter Especial

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