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Polícia frustra entrada de celular em presídio com bateria de coca

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A Polícia Civil de Araçatuba desmontou um esquema de infiltração de cocaína e celulares na penitenciária mais perigosa do País. Em uma operação, o Grupo de Operações Especiais (GOE) apreendeu quatro aparelhos de telefones celulares recheados com cocaína em seu interior, que seriam enviados à Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, onde estão detidos os principais líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Os celulares eram adaptados para enganar os agentes na revista de entrada do presídio e para esconder a cocaína. Dentro deles, cocaína se misturava às placas, chip e outras peças, como a bateria. Os aparelhos, que seriam introduzidos nos corpos de mulheres que visitam parentes e namorados, estavam envoltos em plásticos e papel carbono para não ser identificados pelos aparelhos de raio X durante a revista.

 “Elas aproveitavam todo o espaço vazio dentro do celular para preencher de cocaína e daí faziam dois trabalhos de uma vez só”, conta o delegado Seccional de Araçatuba, Nelson Barbosa Filho.

A polícia chegou aos aparelhos depois de realizar blitze em casas suspeitas do bairro Umuarama, na periferia da cidade.  “Os policiais estavam atrás de drogas e acabaram se deparando com estes celulares”, disse Barbosa Filho. Por meio de mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça estadual, os investigadores do Grupo de Operações Especiais (GOE) revistaram as casas e em uma delas, encontraram quatro celulares, prontos para serem enviados ao presídio na visita deste sábado, 16.

A apreensão desmonta um esquema de infiltração de celulares que era mantido por um dos presos da P-2 de Venceslau, cujo nome não foi revelado pela Polícia Civil. A preparação dos aparelhos e o local onde os celulares ficavam guardados era a casa da namorada do detento, uma adolescente de 16 anos. A garota confessou o esquema aos policiais e revelou que, além delas, outras mulheres iriam introduzir os celulares nos corpos para entrar com eles na prisão e entregar aos líderes do crime organizado. Segundo a adolescente, elas receberiam R$ 1 mil cada uma para fazer a entrega.

“Elas preparavam o celular e quando chegavam em Venceslau, momentos antes da visita introduziam os aparelhos no corpo e entravam no presídio sem serem flagradas pelo aparelho de raio X”, contou o delegado. No entanto, segundo ele, a adolescente não revelou quantos celulares ela e as amigas já teriam introduzidos na P-2 de Venceslau. A garota foi levada ao Plantão Policial, onde prestou declarações e foi liberada.

A Polícia Civil continua investigando a existência de esquemas semelhantes para aliciamento de parentes de presos para infiltrar drogas e celulares na prisão, que é se segurança máxima.

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