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Preço dos imóveis desaba em Brasília e puxa resto do País

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O portal e aplicativo imobiliário Properati e a Hiperdados, plataforma de gestão de informações integradas do mercado, acabam de fechar o relatório mensal de fevereiro de 2017. O levantamento é feito em cima da base de mais de um milhão de imóveis anunciados.

O mercado imobiliário de Brasília, por exemplo, registrou uma queda nominal de 1,55% em fevereiro, a maior desvalorização observada no mês entre as capitais que entraram no estudo. No balanço anual, contudo, houve um aumento de 3,21%. O preço do m² chegou a R$ 6,078. Se contada a inflação, a variação anual na capital brasileira cai para 2,03%

Após um breve período de alta nos meses de novembro e dezembro de 2016, os preços médios dos imóveis usados à venda em São Paulo voltaram a cair. De acordo com o Índice, o preço médio do m² na capital em fevereiro foi de R$ 8,234, uma queda 0,6% em relação a janeiro deste ano, quando o preço médio era de R$ 8,284.

No balanço anual, os preços dos imóveis na capital paulista tiveram uma alta de 3,21% – o preço do m² na capital em fevereiro de 2016 era de R$ 7,978. Porém, se considerada a inflação, a variação percentual foi negativa: os preços recuaram 2.03%. A queda da variação real sinaliza que é um bom momento para aquisição de imóveis, mas, do ponto de vista do mercado imobiliário, a situação não é favorável.

No Rio de Janeiro, após período de valorização, os preços médios dos imóveis voltaram a cair em fevereiro, com uma retração nominal de 0,17%. A média do m² atual é de R$ 8,577, o mais caro entre as 50 cidades analisadas no estudo. O indicador do IPH mostra ainda que, na comparação anual, os preços tiveram uma variação positiva de 1,24%. Entretanto, se considerada a inflação, houve queda de 3,9%.

Os preços dos imóveis em Belo Horizonte seguem a tendência de desvalorização no mês. Em comparação com janeiro, o IPH registrou uma queda de 0,18% no preço do m², que fechou fevereiro com R$ 5,935. Na variação anual, houve alta nominal de 4,67%. Isso sem contar a inflação, que impulsiona a variação negativamente para 0,65%.

Em Porto Alegre, o custo do m² dos imóveis registrou recuo de 0,87% em fevereiro, passando a valer R$ 5,668. No balanço anual, houve queda de 5,26%. Se considerada a inflação, o tombo foi ainda maior: 10,07%

Já os preços dos imóveis em Vitória tiveram um aumento excepcional de 2,68% em fevereiro. O preço do m² chegou a R$ 5,625. Mesmo se a inflação for levada em consideração, houve alta de 2,29%, sendo a maior valorização observada no mês entre as capitais. No balanço anual, houve variação positiva de 0,39%. Com a inflação, entretanto, a queda foi de 4,71%.

No norte e nordeste do País, Belém registrou valorização nominal de 3,04% entre fevereiro de 2016 a fevereiro de 2017. Porém, se considerada a inflação, os preços caíram em 2,19%. O preço do m² foi de R$ 4,570. Já Fortaleza viu seus preços médios aumentarem 7,34% durante o ano. Considerada a inflação, houve uma variação positiva de 1,89%. Com o custo do m² em R$ 4,971, esta foi a maior valorização observada no ano. Em contrapartida, Natal teve queda nominal de 5,84% nos seus preços, passando a valer R$ 3,577 o m². A desvalorização chegou a 10,62%, se considerada a inflação. Esta foi a maior variação negativa observada no balanço anual.

Por fim, na região do ABC Paulista, Santo André registrou queda de 0,59% nos preços dos imóveis no período de um ano e fechou o mês ao custo de R$ 4,847. Em São Bernardo, houve variação nominal negativa de 0,75% e o m² fechou em R$ 4,771. Já São Caetano foi o único município da região que registrou um balanço anual positivo: os preços subiram 3,54% e o preço do m² chegou a R$ 5,677. Diadema teve um recuo de 7,2%, fechando o mês com R$ 4,534. Se contada a inflação, a variação cai para 11,91%, a maior desvalorização registrada entre todas as 50 cidades analisadas. O município de Mauá também registrou balanço anual negativo, com variação de 4,43% e o m² fechou em R$ 3,909.

Cenário – Das cinquenta cidades monitoradas pelo índice, 18% (ou nove cidades) apresentaram variação maior que a registrada pelo IPCA/IBGE nos últimos doze meses, o que, comparado com o mês passado, significa que mais cidades estão apresentando aumento real de preço médio frente à inflação.

Entretanto, de dezembro de 2016 para janeiro de 2017, 46% das cidades tiveram seus preços acima da inflação, já entre jan/17 e fev/17 apenas metade desse número se comportou acima da inflação, ou seja: 26% (ou treze cidades) apresentaram variação maior de preço comparado com o IPCA/IBGE.

“O preço dos imóveis tende a apresentar leve recuperação a longo prazo, porém, no curto prazo isso ainda não ocorre com a mesma força. Em linhas gerais, ainda que a inflação geral medida pelo IPCA apresente queda, o preço dos imóveis não consegue acompanhar a variação real”, explica o diretor de Operações do Hiperdados, Wagner Dias.

Os juros SELIC estão em queda e, ainda de acordo com Dias, estamos voltando no patamar de janeiro de 2015, momento da explosão da crise. Especialistas do mercado financeiro acreditam que, até o final do ano, os juros anuais chegam a menos de 10% com a inflação controlada em torno de 4,5%. Se isto ocorrer, o juros tende a ficar na taxa de 9% ao ano, o que vai estimular o consumo geral (com empregos) e, consequentemente, o consumo de imóveis.

“A pressão para redução de preços continua forte. Se por um lado temos a redução da inflação, da taxa SELIC e medidas para a volta de investimentos na economia, por outro lado, o índice de desemprego registrado no último trimestre em janeiro/17 aponta ser o maior desde 2012, com 12,6% de desocupados. E esse cenário de incerteza quanto ao emprego prorroga a decisão de compra do consumidor, aumenta o estoque de oferta e pressiona a redução dos preços”, afirma o Country Manager do Properati no Brasil, Renato Orfaly.

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