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Produção agrícola em Brazlândia enfrenta prejuízo com apagões

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As interrupções constantes no fornecimento de energia se tornaram um problema econômico para os produtores do Núcleo Rural Curralinho em Brazlândia. A região produz cerca de 3,5 milhões de aves por ano, mas os blecautes têm atrapalhado o funcionamento de máquinas indispensáveis para a criação dos animais.

“Sempre acontece de morrer 2 mil frangos, 300, 500, 600”, diz o avicultor Assis Alves Cardoso, que tem uma granja no local. Os animais são sensíveis ao calor, e precisam de grandes ventiladores para manter a temperatura estável. Sem energia, o produtor foi obrigado a esvaziar um galpão com 20 mil animais antes da idade ideal de abate.

A Companhia Energética de Brasília (CEB) afirma que os apagões são causados por galhos que caem sobre a fiação aérea. A empresa afirmou à TV Globo que fará a poda das árvores ainda esta semana.

A secretária Elba Alves, que trabalha em outra fazenda da região, diz que outros 20 mil frangos morreram no início do ano em decorrência do calor nos criadouros. “A energia é importante para os ventiladores, por causa do calor, e para a água porque a bomba depende de luz.” Sem ventilação, o galpão chega a 39 ºC, número que pode ser fatal para as aves.

A instabilidade na rede de energia também causa prejuízos aos produtores de leite. As ordenhas mecânicas foram interrompidas e as geladeiras onde o produto é guardado também pararam de funcionar.

Sem equipamentos, os vaqueiros precisam fazer a ordenha manual em todos os animais e fazer a entrega em tempo recorde, antes que a falta de resfriamento comprometa a qualidade do produto. A cooperativa de produtores do núcleo rural tem um tambor para o armazenamento de 3 mil litros de leite, mas as quedas de eletricidade também colocam o estoque em risco diariamente.

A presidente da Associação dos Produtores Rurais da região, Ana Maria de Lima, afirma que esta quarta-feira (26) foi o décimo dia seguido sem luz. “Falta luz de 12h às 19h, a gente liga para a CEB e nada. Não dá.”

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