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Non c'è male

Rosso pisa em ovos. Bate e sopra para ter mais votos

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Josiel Ferreira

Rogério Rosso está politicamente pisando em ovos. Cobra mais atitude do Palácio do Buriti, para que Brasília volte a ser referência nacional em qualidade de vida. Além disso, apontando para o outro extremo do Eixo Monumental, faz críticas veladas a algumas das mudanças propostas pelo Palácio do Planalto para as áreas econômica e social.

Hoje o deputado, ainda líder do PSD na Câmara Federal, bate e sopra. Afinal, ele tem seus motivos. Precisa evitar ao máximo desagradar o governador Rodrigo Rollemberg e o presidente Michel Temer. Por quê?! Ora, porque Rosso, como candidato a presidente da Câmara, precisa de votos. E quanto mais afagos e menos alfinetadas, mais chances ele terá de atrair simpatias.

Rogério Rosso confirmou o lançamento de sua candidatura nesta segunda, 9, pelas redes sociais. Ausente de Brasília (está percorrendo o País, apresentando seu nome à sucessão de Rodrigo Maia), ele concedeu entrevista por telefone a Notibras. Falou sobre o quadro em Brasília e no Brasil. Sobre a disputa pela presidência da Câmara, foi categórico: vai à luta, porque soldado que fica só na trincheira, perde a guerra.

O deputado brasiliense admite que a batalha vai ser árdua e que o tempo é exíguo. Afinal, o cronograma para a sucessão de Maia já está definido. O Congresso volta do recesso no dia 1º de fevereiro. Os partidos têm até o meio-dia desse dia para formar blocos parlamentares. Às 15 horas, será realizada uma reunião de líderes para definição, pelos blocos, dos cargos a que têm direito. A eleição está marcada para 24 horas depois.

Os pré-candidatos – como o próprio Rogério Rosso – passaram a intensificar as campanhas nesta semana. O momento é de definir estratégias para ocupar o posto mais importante da Casa. As conversas são preferencialmente presenciais. Mas, como nem tudo é possível, muito se tem falado ao telefone em busca de apoio.

Esse apoio Rosso busca incessantemente. Está rodando o País, e estima que terá feito 15 viagens até a véspera da eleição. “Viajo com dinheiro do meu bolso; não tem mordomia, não tem dinheiro de fora”, garante o deputado.

“Nessas horas é preciso ter muita cautela, porque as intrigas são muitas, e não podemos nos submeter a acusações levianas”, afirma.

Veja trechos da entrevista

Notibras – O futuro líder do PSD, deputado Marcos Montes (MG), disse que vai reavaliar o apoio à sua candidatura. Procede à informação?

Rosso – Não tenho nenhuma informação sobre isso. Nunca se esqueça que em época de campanha a imaginação e a rede de intrigas ficam férteis. Estou em plena campanha e a orientação partidária e da minha consciência é seguir em frente mesmo diante de tantas informações desencontradas e as naturais dificuldades em concorrer contra uma candidatura inconstitucional como a do presidente Rodrigo Maia.

Notibras – Há quem defenda o apoio à recondução do atual presidente da Câmara dentro do PSD. Como o senhor avalia isso?

Rosso -Todos são livres para votar como entenderem.

Notibras – Mas a sua candidatura está sendo bombardeada dentro do próprio partido. Quais as medidas que serão tomadas para conquistar o apoio?

Rosso – A maioria dos deputados do meu partido nos apoia. Respeito quem pensa diferente. Para ser eleito precisamos de votos de todas as bancadas e é isso que estou buscando agora.

Notibras – Em caso de vitória, o senhor tem pretensões de fazer parte de uma chapa presidencial para o Planalto em 2018?

Rosso – Não tenho essa pretensão. Quero apenas poder ajudar o País e em especial a população do Distrito Federal.

Notibras – Se o senhor emplacar para a presidência da Câmara, quais serão os projetos voltados para Brasília?

Rosso – Precisamos ter ações para que o Distrito Federal volte a ser referência nacional em qualidade de vida, em especial Saúde, Segurança, Educação e Transportes, e também precisamos com urgência gerar empregos e oportunidades para a nossa gente. Tudo que eu puder fazer para ajudar será nossa prioridade.

Notibras – Como o senhor avalia o cenário de crise pela qual passa Brasília? O PSD, base do governo, está sendo discriminado pelo governador Rodrigo Rollemberg. Pode haver um rompimento?

Rosso – Acima de qualquer divergência política estão os interesses da população do Distrito Federal. Nossa prioridade é trabalhar para Brasília e não temos tempo para gastar com questões menores. O Distrito Federal precisa de trabalho e empenho das lideranças políticas.

Notibras – O governador Rodrigo Rollemberg vem tirando poderes do vice-governador Renato Santana. O senhor terá o apoio do PSB na sua eleição para presidente da Câmara?

Rosso – Câmara é uma coisa e GDF é outra. Temos amigos e apoiadores do PSB e nos outros partidos. Vamos em frente. O Renato Santana é uma máquina para trabalhar e independente dessa situação ele não parou nenhum segundo de fazer o que mais gosta, que é resolver os problemas da comunidade.

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