Curta nossa página


Vez da burguesia

Simpatia faz a festa em Ipanema com muito amor

Publicado

Autor/Imagem:


Akemi Nitahara

“Alô burguesia de Ipanema!”. Neste domingo (26) foi dia do Simpatia É Quase Amor, que fez homenagem ao centenário do samba no desfile em Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro, e marcou o 33º aniversário do bloco.

Com público estimado em 100 mil pessoas, o Simpa, como é carinhosamente apelidado, é um dos blocos mais tradicionais da cidade, e integra o Sebastiana, Associação Independente dos Blocos de Carnaval de Rua da Zona Sul, Santa Teresa e Centro da Cidade de São Sebastião.

A rainha da bateria, Michele Pinheiro, desfila com o Simpa há 12 anos, sambando no meio dos ritmistas, e diz que sempre se emociona. “É sempre um prazer maravilhoso; é uma energia única! Essa galera é maravilhosa, acompanha o ritmo dessa bateria, é bom demais. É só alegria, é só paz, simpatia e amor!”

As ruas de Ipanema ficaram completamente tomadas pela multidão que acompanhava o Simpa, e se espalhava por outras ruas, apenas curtindo a folia, mesmo longe do carro de som que saiu da Praça General Osório às 16h e seguiu pela Avenida Atlântica.

O militar Guilherme Gomes caprichou no modelito de empreguete rosa, com dois amigos para formar o trio, como na novela. “Estou há quatro anos sem vir, morando fora do Rio. Mas agora estou de volta e recordando o bloco que eu mais gostava. Venho de Madureira já fantasiado”.

O biólogo Leandro Melo se vestiu de gueixa e cada dia aproveita um bloco diferente. “Eu ia botar uma maquiagem mais forte, mas como está muito quente e com essa chuva, não rola. Sou de Copacabana. Hoje é Simpatia é Quase Amor; ontem fomos no Bloco da Favorita, em Copacabana mesmo; e amanhã iremos no Bonito de Corpo. Aqui está muito cheio, tem muita gente, mas é muito bom”.

Sany Meira trabalha com vendas e foi com as amigas de Nilópolis, na Baixada Fluminense, vestida de coelha e com um cartaz nas costas escrito “Quem manda aqui sou eu”, para dar o recado para os mais atiradinhos. “No nosso bumbum quem manda é a gente! Não é porque estou de coelhinha e com roupa curtinha que pode passar a mão. Viemos preparadas, hoje em dia tem que avisar que quem manda é a gente, infelizmente, muito triste isso”.

O nome do bloco vem do personagem de Aldir Blanc, do livro Rua dos Artistas e Arredores, Esmeraldo Simpatia É Quase Amor, um fanfarrão conquistador e simpático.

Comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Publicidade
Publicidade

Copyright ® 1999-2024 Notibras. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, Agência Estadão, Agência UnB, assessorias de imprensa e colaboradores independentes.