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Sem tombos

Traje robótico dá firmeza e deixa corpo de idoso leve

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Fábio de Castro

Um grupo de cientistas da Itália e da Suíça desenvolveu um equipamento robótico que corrige o movimento assim que uma pessoa dá um passo em falso, auxiliando na recuperação do equilíbrio. O estudo que descreve os testes com o protótipo foi publicado nesta quinta-feira, 11, na revista “Scientific Reports”.

De acordo com os autores do artigo, o novo exoesqueleto inteligente, batizado de Órtose Pélvica Ativa (OPA), teve bons resultados e, depois de aperfeiçoado, poderá ser útil para evitar que idosos sofram quedas. O estudo foi feito por cientistas da Escola Sant’Anna (Itália) e da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suíça. Os testes ocorreram em um hospital de Florença (Itália).

De acordo com um dos autores, Silvestro Micera, da EPFL, outros trajes robóticos foram projetados para aprimorar os movimentos normais de pacientes, mas o novo protótipo é o primeiro desenvolvido para a evitar um evento inesperado como uma queda.

“Nosso exoesqueleto inteligente é leve, e é extremamente simples personalizar seu uso. Este primeiro protótipo requer apenas que o paciente se adapte por alguns minutos para que o equipamento ‘aprenda’ seus movimentos”, disse Micera.

Segundo ele, o traje é vestido pelo paciente apenas da cintura para baixo. “O protótipo ainda não é o tipo de traje que pode ser usado fora do laboratório, mas provamos que ele funciona. O próximo passo é torná-lo mais discreto e portátil, para testá-lo em ambiente real.”

Como funciona – O protótipo do exoesqueleto consiste em motores e componentes de fibra de carbono – ajustados às coxas e aos quadris -, conectados por um sofisticado sistema de sensores e computadores Um algoritmo detecta, em tempo real, possíveis desvios súbitos no padrão de caminhada e, quando um desequilíbrio é detectado, os motores puxam as coxas do paciente para baixo, restabelecendo a estabilidade do quadril e fazendo com que ele recupere o equilíbrio.

Nos testes em Florença, Fulvio Bertelli, de 69 anos, vestiu o exoesqueleto e andou normalmente para que o algoritmo reconhecesse seu padrão de caminhada. Depois, o paciente andou com o dispositivo sobre uma plataforma robótica que produzia perturbações, simulando passos em falso. Quando havia o desequilíbrio, o algoritmo fornecia ao exoesqueleto a estratégia para a recuperação da estabilidade. O traje, então, produzia em tempo real um movimento de torção nos quadris de Bertelli, que se reequilibrava.

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