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Transplante de rim podre mata dois; casos param na Justiça

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Há um ano, as famílias de Robert Stuart, 67 anos, de Cardiff, e de Darren Hughes, 42 anos, de Bridgend, brigam na justiça para descobrir por que os entes queridos foram transplantados com rins infectados com um verme mortal – vindos de um morador de rua viciado em álcool. As informações são do The Mirror.

O Hospital Universitário de Wales (UHW) aceitou os dois rins do doador identificado apenas como “Senhor Z”, de 39 anos, mesmo depois de seis hospitais rejeitarem os órgãos do homem que morreu de meningite por causas anteriormente desconhecidas. ‘Z’ era um morador de rua, viciado em álcool, com cirrose e, agora, foi descoberto que possuía o verme mortal Halicephalobus mephisto (ou ‘Minhoca do Inferno’), um parasita fatal ao ser humano – tendo matado as únicas cinco pessoas já infectadas.

As famílias, devastadas ao descobrir o perfil do doador, querem saber por que isso foi feito. “Nossa opinião é que Darren não ia melhorar e estava sendo usado como cobaia”, disse o pai de Hughes, Ian.

Os transplantes foram realizados em novembro do ano passado pela equipe de médicos britânicos do hospital. Na publicação, só há a informação da morte de Hughes, em 15 de dezembro.

Os dois britânicos tinham de passar por diálise e foram compatíveis com os rins do “Senhor Z”. Mas, cerca de um mês depois da operação, morreram infectados pelo verme fatal que causou a grave infecção no cérebro de ambos.

Segundo a família de Hughes, eles foram inicialmente informados de que o doador era um jovem que teria morrido em um acidente de carro na região. “Se soubesse o perfil do verdadeiro doador, de que era alcoólatra, tinha cirrose e morreu por meningite sem ninguém saber a causa, eu não assinaria os documentos autorizando o transplante. Meu filho estava animado, achava que finalmente poderia melhorar”, disse Ian.

Já a viúva de Robert Stuart, Judith, disse que não aceita as explicações dadas até agora, que são confusas, e que sua família quer entender o que realmente aconteceu. “Jim estava otimista sobre a operação. Isso poderia trazer uma grande diferença para a vida dele, poderia significar o fim da diálise”, afirmou.

Uma enfermeira do hospital, que prestou testemunho, disse que obedeceu ordens na época para aceitar os rins doados, mesmo que tivessem sido rejeitados por outros seis hospitais. Dawn Chapman, que fez o processo de recebimento dos órgãos no UHW, ainda disse que os médicos foram informados sobre a morte por meningite de causa desconhecida e que o doador abusaria de álcool tomando mais de 240 doses na semana.

A Corte de Cardiff continua a investigação e ouvirá mais testemunhas nesta quarta-feira.

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