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Sempre vivo

Uma obra atual até no próximo milênio

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Carolina Paiva e Nair Assad

A exemplo de Notibras, outros grandes portais brasileiros estão editando uma série de reportagens especiais sobre Renato Russo, homenageado na passagem dos 20 anos da sua morte.

Foi no dia 11 de outubro de 1996, lembra o Uol, que o rock brasileiro perdia um de seus maiores expoentes. Renato Russo liderou a Legião Urbana e a transformou numa banda de 25 milhões de discos. Foi autor de canções que, 20 anos depois, ainda estão na ponta da língua de sua legião de seguidores.

O trabalho jornalístico produzido pelo Uol é um dos mais completos sobre Renato Russo, onde o leitor-fã encontrará uma homenagem em forma de obituário, fotos e infográficos que mostram o que mudou no Brasil desde o lançamento de ‘Perfeição’.

Eduardos e Mônicas da vida real também enviaram seus relatos para compor esta página, que conta ainda com depoimento de Paulo Ricardo, quiz, crítica e vídeo e, claro, música.

Em 11 de outubro de 1996, o rock brasileiro perdia um de seus maiores expoentes. Renato Russo liderou a Legião Urbana e a transformou numa banda de 25 milhões de discos. Foi autor de canções que, 20 anos depois, ainda estão na ponta da língua de sua legião de seguidores.

Neste especial o leitor encontra uma homenagem em forma de obituário, fotos e infográficos que mostram o que mudou no Brasil desde o lançamento de ‘Perfeição’. Eduardos e Mônicas da vida real também enviaram seus relatos a, que conta ainda com depoimento de Paulo Ricardo, quiz, crítica e vídeo e, claro, música.

“Ele afirmava ser ‘impaciente e indeciso’, declarava sua indignação com a sujeira das favelas e do Senado, clamava pelo amor ‘como se não houvesse amanhã’, posta a edição especial do Uol, anunciando a morte do maior ídolo do rock brasileiro, em matéria assinada por Fernanda Pereira Neves.

Leia a reprodução do texto

Renato Manfredini Júnior, mais conhecido como o cantor e compositor Renato Russo, líder da banda Legião Urbana, morreu hoje, 11 de outubro de 1996, no Rio.

O poeta de uma geração, que ele chamou certa vez de “geração Coca-Cola”, tinha 36 anos. Estava magro, depressivo, recluso e morreu à 1h15 da madrugada, ao lado do pai, em seu apartamento em Ipanema.

Renato Russo tinha o vírus HIV há seis anos e estava com anorexia grave, segundo seu médico, Saul Bteshe.

“Ele morreu por causa de complicações da doença”, afirmou o médico à Folha. A mãe do artista, Carminha Manfredini, disse que “ele quis chegar ao fim. Não se suicidou, mas simplesmente não lutou”.

A cerimônia de cremação, acontecerá na manhã de hoje no cemitério São Francisco Xavier, no Caju (região portuária do Rio).

Comenta-se que Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, companheiros dele na Legião Urbana, irão anunciar o fim da banda nos próximos dias.

Nascido na capital fluminense, Renato passou a maior parte da infância na Ilha do Governador (zona norte) com os pais e a irmã mais nova.

Era agitado, bem-humorado, nada tímido. Tirava notas boas na escola –desde matemática até história, lembra um colega–, ouvia de música clássica a Beatles dos pais e fazia imitações na frente da TV para divertir a irmã.

Mas foi em Brasília, na adolescência, que teve a relação com a música estreitada. Talvez por culpa de uma doença no ossos. Aos 14 anos, passou por uma cirurgia na perna e deu uma pausa na escola. Sem poder levantar, fez uma nova amiga: a vitrola ao lado da cama.

Foi um ano, talvez um ano e meio, ouvindo, tocando, escrevendo – inclusive um livro.

Ao se recuperar, transformou a música em uma forma de fazer amigos. “A gente trocava ideia pelos LPs. Descobrimos o movimento punk como uma forma de se manifestar num período de ditadura”, relata Bonfá, que aponta Renato como um “irmão mais velho”.

Os protestos, ideias e frustrações eram colocados no papel por Renato. Às vezes, eram rabiscos que demoravam para ganhar um fim. Chegavam a levar anos.
Outras vezes, suas letras eram trabalhadas pelos colegas como num jogral. “A gente fazia estilo banda de garagem, cada um falando o que vinha na cabeça”, diz Bonfá.

No fim, as canções eram apresentadas em shows do Abordo Elétrico e, depois, do Legião Urbana. Foi assim que Eduardo e Mônica se encontraram, que João de Santo Cristo se aventurou e morreu na capital federal e que uma geração se declarou filha da revolução.

A primeira banda durou menos de três anos, sem disco gravado. Já a Legião Urbana passou 14 anos em atividade, lançou oito discos de estúdio, vendeu cerca de 25 milhões de cópias e não há nenhum sinal de que esteja perdendo popularidade.

Contrariando o título (“Ainda É Cedo”) de um de seus primeiros sucessos, não é cedo para afirmar: a obra de Renato Russo ainda será atual no próximo milênio.

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