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Valmont-sur-Territet, destino de Santos Dumont, pode ser o da Leoa

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O suicida Alberto Santos Dumont poderia ter adiado a decisão de dar fim à sua própria existência (brilhante), caso tivesse utilizado a capacidade de antecipar o futuro para entender o Brasil do Século XXI.

A Primeira Guerra Mundial, razão de uma das suas inúmeras depressões e internações, quando aeronaves foram utilizadas para dilacerar pessoas, é pouco se comparada às estatísticas de mortes por falta de segurança e de saúde que hoje são contabilizadas no Distrito Federal.

Mas o legado está aí nas manchetes. A presidente da Câmara Legislativa é mais um personagem que embarca na saga de Santos Dumont, traída provavelmente por conselhos malditos, e voa, contrariando seu instinto terrestre, para outra capital brasileira em um jatinho altamente suspeito.

Celina Leão, caçadora, virou caça. O safari que ocupa os binóculos e Jeep da caçada já estava na selva há muito tempo em campana. E tem nome: Lava-jato.

Informações que circulam com força na cidade indicam que o veículo descendente de Santos Dumont tem tudo a ver com o filho do presidente do Tribunal de Contas da União. Tiago Cedraz, que embarcou Celina Leão para Palmas, capital do Tocantins, onde ela foi consumir protetor solar com urucum. Muito bem aplicados nas superfícies que estão, digamos, em boa forma. O problema pode ser exatamente esse.

Na superfície do mundo real, longe dos propulsores que modernizaram a invenção de Dumont, Celina Leão encontrou as garras do Quarto Poder, uma floresta que ela não domina tanto quanto a do Legislativo e, dizem, do Executivo local.

A convivência entre a CLDF e o Buriti parece um sonho. Prova disso é que Rollemberg também estava no destino do jatinho maldito que transportou a leoa para um bote irreversível. Ela certamente deve saber que o TCU e a PGR não são tão comunicantes como prometeram os promotores da mordomia.

Por conta disso, embora goste de frequentar o céu com rapidez, ela estendeu o favor a familiares e agregados. Ato falho, piada pronta. Depois dizem que falam mal das loiras.

Enquanto os patrocinadores da divertida aventura nas praias do Tocantins providenciam defesas às ações do Ministério Público e investigações da Polícia Federal, Celina Leão, que preside um dos três poderes locais e que tem suas garras em 40% do GDF, dizem, agora fez upgrade, pulou o TCDF e foi tratar da sua agenda no TCU. Tá podendo.

Mas o assunto é muito mais sério do que parece. Não é uma caçada simples, mas os rifles agora estão todos apontados para ela. Com atiradores da estirpe do juiz preferência nacional Moro, que tem mira muito boa.

Celina que se cuide, peça aos patrocinadores – não ao TCU – uma competente banca de advocacia, fique na savana, em terra firme, porque a falta de decoro já está comprovada. Ou embarque em um voo comercial para Valmont-sur-Territet, na Suíça, que não chega a ser um spa, mas para onde foi Santos Dumont quando percebeu o cenário que ajudou a criar.

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