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Vettel faz Ferrari voar e deixa a Mercedes de Hamilton na poeira

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Nem precisou chover. Depois de dominar de forma impressionante da abertura da temporada da Fórmula 1, na Austrália, a Mercedes caiu na Malásia: melhor na estratégia e com menos desgaste de pneus, Sebastian Vettel e a Ferrari bateram Lewis Hamilton e Nico Rosberg. Foi o primeiro triunfo do time italiano nas últimas 35 provas, desde o GP da Espanha de 2013.

O atual campeão, irritado com as decisões da Mercedes durante a corrida, teve de se contentar com o segundo posto, com Rosberg em segundo e Raikkonen, em grande recuperação, em quarto. Felipe Massa fez ótima largada e terminou em quinto, enquanto Nasr não teve uma boa prova: o brasileiro teve de trocar a asa no início da prova e conviveu com um nível alto de desgaste de pneus durante a prova. O piloto da Sauber foi 12º.

Alheio aos problemas do rivais, Vettel, logo em sua segunda corrida na Scuderia, encerrou um jejum que durava desde o GP do Brasil de 2013 e agora está a uma vitória de igualar o número de Ayrton Senna. A média do alemão, contudo, é melhor: o tetracampeão tem 148 GPs, contra 161 do brasileiro.

Não foi desta vez que o grid começou completo: depois de perder a classificação por problemas relacionados ao combustível e receber permissão especial para correr, Will Stevens não conseguiu alinhar pelo segundo GP seguido. Faltaram peças de reposição em sua Manor. Assim, 19 carros largaram na Malásia – uma evolução após apenas 15 iniciarem a corrida de abertura da temporada, na Austrália.

A corrida começou com a expectativa de muitas paradas: com a temperatura de pista acima dos 60ºC, 20ºC a mais do que ano passado, quando a largada aconteceu uma hora mais tarde, a expectativa era se alguém conseguiria economizar pneus e fazer uma parada a menos.

Na largada, Hamilton manteve a liderança e Rosberg chegou a ameaçar Vettel, que permaneceu com o segundo posto. Ricciardo era o quarto e Massa fez boa largada, pulando de sétimo para quinto. Felipe Nasr também saiu bem, indo de 16º para 13º, mas acabou se tocando com Kimi Raikkonen e teve de trocar sua asa dianteira, complicando sua prova. O finlandês, por sua vez, sofreu um furo no pneu e perdeu muito tempo.

Na quinta volta, Marcus Ericsson errou, rodou e provocou a entrada de um Safety Car. Vettel optou por não parar, enquanto a maioria dos pilotos, incluindo a dupla da Mercedes, foi para o box. Como Rosberg teve de esperar a parada de Hamilton, perdeu tempo e várias posições.

A prova foi reiniciada com Vettel na ponta, seguido por Hulkenberg, Grosjean, Sainz, Perez, Hamilton, Ricciardo, Massa, Rosberg e Verstappen. Perez logo perdeu rendimento, sendo ultrapassado por todos. Rosberg demorou quatro voltas para superar Massa, enquanto Hamilton já era segundo na 11ª volta. O prejuízo em relação ao líder Vettel era de 10s.

Mais atrás, ao tentar passar Sainz, Ricciardo errou e permitiu a ultrapassagem de Rosberg, que subiu para sexto na 12ª volta. No giro seguinte, foi Grosjean quem errou e o alemão novamente se aproveitou. Pouco tempo depois, Nico superou também Hulkenberg e pulou para terceiro

Com 15 voltas disputadas, Vettel – com os pneus médios e ainda sem ter parado – andava em ritmo semelhante a Hamilton, que usava os duros, e mantinha 8s de diferença. Rosberg vinha 10s atrás do companheiro. Felipe Massa abriu caminho entre os pilotos que não tinham parado e pulou para quarto, seguido pela outra Williams de Bottas. Felipe Nasr era o 12º.

Na 19ª volta, Vettel fez sua primeira parada e colocou novamente os pneus médios. Hamilton, assim, retomou a ponta. No retorno à pista, a Ferrari voava: ultrapassou Rosberg na 22ª volta e foi à caça de Hamilton.

O alemão da Ferrari superou Hamilton na volta 24, pouco antes que o inglês fez sua segunda parada e colocou os pneus médios. Massa também fez sua segunda troca e retornou em sexto. No giro seguinte, foi a vez de Rosberg parar. Mas os pilotos da Mercedes adotaram estratégias diferentes: Lewis foi de médios e Nico, de duros.

Preocupado, Hamilton perguntou via rádio, com 25 voltas para o final, qual era seu objetivo para a prova. E ouviu: “Estamos indo para a vitória, mas você vai ter que passar Vettel na pista.” O cenário era similar ao de Massa com a outra Ferrari, de Raikkonen: o brasileiro estava 13s atrás, mas com pneus mais novos, na luta pelo quarto posto.

Na 38ª volta, Vettel fez sua última parada para trocar os pneus médios pelos pneus duros e voltou na frente de Rosberg. No giro seguinte, Hamilton parou e, surpreendentemente, também colocou o composto mais lento e resistente. O inglês voltou à pista 10s atrás da Ferrari, em segundo. E reclamou da estratégia: “Esse é o pneu errado. O que é para eu fazer?”, questionou.

Nas voltas finais, Hamilton chegou a tentar encostar em Vettel, mas o alemão controlou o ritmo para vencer, com o inglês em segundo e Rosberg em terceiro. Raikkonen conseguiu se manter em quarto, enquanto Massa chegou a se tocar em uma disputa doméstica da Williams, mas foi ultrapassado por Bottas na volta final e chegou em sexto.

O sétimo colocado foi Max Verstappen, que, aos 17 anos, se tornou o piloto mais jovem da história a pontuar na Fórmula 1, em recorde que dificilmente será batido, uma vez que novas regras, que entram em vigor ano que vem, impõem um limite mínimo de 18 anos para estreantes. Carlos Sainz chegou em oitavo, colocando ambas as Toro Rosso à frente das Red Bull de  Daniil Kvyat e Daniel Ricciardo. Para completar a festa de Vettel, o alemão chegou a dar uma volta em ambos os carros de sua ex-equipe.

Foi mais uma corrida difícil para a McLaren. Fernando Alonso e Jenson Button até chegaram a disputar com as Force India e Lotus, mas ambos abandonaram com problemas no carro.

A próxima etapa da Fórmula 1 será em duas semanas, no GP da China.

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