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A exploradora

Vizinho poderoso diz que é bonzinho, mas é do mal

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A única pesquisa oficial de grande porte sobre a qualidade da água e do ar em Paracatu começou a ser feita em 2010. O estudo coordenado por Zuleika Castilhos, pesquisadora do Centro Tecnológico de Pesquisa Mineral (Cetem), não diminuiu as dúvidas. Em nota, o órgão do Ministério de Ciência e Tecnologia informou que o estudo indicou que mais de 95% das mil pessoas examinadas apresentaram baixos teores de arsênio na urina.

Embora tenha ressaltado que “águas de abastecimento doméstico de Paracatu também mostraram baixos teores de arsênio”, o texto registrou que “teores de arsênio em águas superficiais e solos se mostraram, via de regra, acima do estipulado pela legislação brasileira para consumo humano”.

O texto ainda ressalta que “empregados da mineradora, que são também moradores do município, não participaram da pesquisa, embora tenham sido convidados”. “As razões para a não participação são incertas, mas se pode afirmar que esse grupo é mais vulnerável à exposição ao arsênio do que a população em geral.”

Relatório feito por um representante do Ministério Público informou que a pesquisa teve problemas. Exames tiveram de ser refeitos após falhas no equipamento do Instituto Evandro Chagas. Ainda segundo o documento, novos exames mostraram que cinco moradores apresentaram nível de arsênio acima de 100 ug/L, considerado elevado, e outros dez acima de 50 ug/L, índice que indica alerta.

A gerente de Comunicação e Relacionamento com a Comunidade da Kinross, Ana Cunha, afirma que a empresa tem preocupação em ser “bom vizinho”. “A gente é parte de Paracatu. Somos responsáveis por 15% a 20% dos empregos da cidade.” O Ministério Público de Minas informou que o procurador que cuidava do município foi transferido.

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