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Ritmo tradicional abre espaço para o rock no Carnaval

Paulo Victor Chagas
Carolina Paiva, Edição

É um rock, mas um rock diferente. Os foliões acostumados com as marchinhas tradicionais, o samba e o axé abriram espaço na programação de carnaval para apreciarem a estreia do bloco Eduardo e Mônica, que homenageia a banda brasiliense Legião Urbana e demais grupos do rock nacional. Durante horas, o público cantou com a mesma animação sambas antigos, músicas dos Mamonas Assassinas e do rock brasileiro, embalado por DJs, baterias e grupos musicais da cidade.

Em seu primeiro ano, a atração trouxe fãs de diferentes idades, incluindo algumas crianças vestidas de super-herói, que não se importaram com a chuva que insistia em cair em Brasília na tarde deste domingo (26).

A programação musical foi eclética também nos instrumentos. No momento em que entrou em palco, a banda que leva o mesmo nome do bloco, a guitarra e o baixo dividiram espaço com um pandeiro, um surdo e um tamborim. As canções começavam com o tradicional solo de um rock qualquer, mas, logo depois, o cavaquinho entrava desacelerando o ritmo e fazendo a alegria dos apaixonados pelos estilos diferentes.

“O carnaval é democrático, não precisa ser aquele formato tradicional. Onde as pessoas quiserem estar juntas, curtir a cidade, um som bacana, é isso que vale”, comemora Renato Albuquerque. Autointitulado metaleiro, o gerente de projetos de 43 anos vestiu uma camiseta dos Beatles para aproveitar o novo bloquinho. Carioca, ele mora em Brasília desde 1980, o que o permitiu acompanhar o surgimento das primeiras bandas de rock da capital federal.

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