Uma notícia marcante circulou na semana passada nas capitais brasileiras: os índices de ansiedade e depressão aumentaram drasticamente entre os trabalhadores urbanos. Nas cidades que nunca dormem, o corpo e a mente estão em colapso.
Georg Simmel, em seu clássico sobre a metrópole, já descrevia o impacto do ritmo acelerado e da superestimulação sobre a vida psíquica. Hoje, vemos sua teoria materializada em diagnósticos médicos: burnout, pânico, depressão.
O trabalhador urbano de 2025 é uma figura etnográfica da precariedade preso entre o transporte lotado, a pressão da produtividade e a solidão dos apartamentos minúsculos.
O mal-estar da cidade não é apenas individual, mas coletivo: é o preço pago pela promessa de modernidade que nunca se cumpriu por inteiro.
Ao observar as ruas apressadas de São Paulo, Recife ou Belo Horizonte, percebemos que a saúde mental virou o espelho rachado do país, refletindo as fraturas de uma vida urbana que exige mais do que qualquer corpo pode dar.
