Não chegaram à Gaza?
Não, não chegaram à Gaza.
Mas chegaram ao seu destino simbólico e concreto de luta: mobilização e visibilidade.
A Flotilha representa o grito de milhões de seres por todo o planeta em defesa da Palestina.
A mentirosa superioridade ética do Ocidente está enterrada – com milhares de corpos palestinos, a maioria crianças, mulheres e idosos-, sob os escombros de uma terra arrasada pelos sionistas de Israel.
Não, não são apenas dois, três anos de matança. São dezenas de séculos de massacre e genocídio.
Neste momento em que você, leitor e leitora, acompanha essa humilde crônica de denúncia e desespero, Gaza está sob fogo cerrado e a morte presente ao vivo, concreta.
Tudo em nome de um Estado sionista assassino comandado por um louco fanático de nome encapetado, Benjamin Netanyahu, do partido Likud.
Os que tentam chegar lá levando ajuda comunitária são sequestrados, presos e não poderão retornar a Israel nos próximos cem anos.
Chegaram lá.
E o mundo está assistindo e mobilizando forças e ações contra o genocídio.
Cínicos e calculistas.
O povo palestino depende de cada um de nós; da alma ainda pulsante nos seres planetários.
Defender a Palestina, ser antissionista não significa ser antissemita.
Israel é muito mais do que a minoria dirigente que, associada e aparelhada pelos Estados Unidos da América sob o comando de Trump, com armas de guerra até os dentes, domina aquele Estado judeu.
Como defende o extraordinário e corajoso jornalista Breno Altman, “racionalmente à lus dos fatos históricos e da ciência, uma Paz (mesmo que provisória) só será possível em meio ao genocídio se o fanatismo sionista for extirpado, eliminado enquanto ideologia e máquina de matar.”
Não chegaram à Gaza?
Não, não chegaram à Gaza.
Chegaram muito mais além: nos olhos da tragédia, no âmago do desespero de milhares de pessoas morrendo por morte cruel de bala e de fome coletiva.
A Flotilha chegou, sim.
E com ela, a transparência mundial do maior genocídio já perpetuado no Século XXI
Palestina livre, já!
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Gilberto Motta é escritor, jornalista, professor/pesquisador e que acredita ainda em uma réstia de esperança num mundo bélico de negócios e assassinatos em massa. Vive na Guarda do Embaú, litoral Sul de SC.
