O tema Magnetismo Pessoal é o alicerce sobre o qual Você vai construir o edifício da nova vida que decidiu intentar, quando resolveu se aproximar do conhecimento da Magia. Ninguém jamais conseguiu ser vitorioso, seja qual for o campo de atividade, sem aplicar, mesmo inconscientemente, os princípios do magnetismo. E todos os que conseguiram destacar-se como ocultistas cultivaram intensamente esta energia. Alguns nomes consagrados no mundo da Magia são Gurdjieff, Stanislas de Guaita, Papus, Eliphas Levi, Aleister Crowley, Helena Blavatski, Abramelim, Heitor Durville, para citar apenas alguns. Todo mago, em resumo, é um reservatório de magnetismo pessoal. Todos os magos vitoriosos, vale salientar.
Não conheço definição satisfatória do que seja a força do magnetismo. Sabe-se, porém, que ela está em todas as coisas, umas mais e outras menos. Aqueles que sabem empregar o magnetismo pessoal possuem características especiais, que os distinguem da multidão, seja no comportamento, no olhar, no jeito de ser. É como se eles pairassem acima das pessoas comuns, que, todavia, orbitam à sua volta, procuram a sua companhia, talvez em busca do alimento que lhes falta – essa indescritível energia. Há neles algo de fascinante, de mistério, de distância, a despeito das suas maneiras afetuosas, da sua paz, da sua afabilidade.
Creio que é mais fácil entender o que é magnetismo comparando uma pessoa magnética com uma não magnética. A partir daí, Você pode observar, em si próprio e no seu meio, quem é portador dessa força e quem não o é, isto é, quem tem possibilidades de crescer por seus próprios méritos e quem está condenado a uma vida vazia, sem sentido, sem grandeza. Quem coloca sua candeia acima do celeiro, para que todos a possam ver – e para iluminar o caminho dos outros -, e quem atravessa a vida sem avançar muito além da mediocridade.
As pessoas não magnéticas são queixosas, irritáveis, estão sempre buscando atrair atenções. Sentem-se importantes quando transmitem as últimas notícias divulgadas pelos jornais, pelas emissoras de rádio, pela televisão. Esbaldam-se em comentários sobre assassinatos, roubos, desastres, como que saboreando o lado sombrio da vida. Capricham no vestuário, preocupadas que sempre estão em chamar as atenções e temerosas de qualquer observação que não seja elogiosa, e talvez procurando encobrir, sob a aparência vistosa, o próprio vazio que carregam. São encontradiças em festas, bares, boates, nos lugares da moda. Buscam a companhia de pessoas “importantes”, porque isso lhes dá a sensação de serem também importantes. Adoram ser fotografadas ao lado de quem de algum modo tem renome ou projeção.
Geralmente as pessoas não magnéticas são colecionadoras de insucessos. Aqui falam sobre problema de saúde, ali sobre desarranjos na vida sentimental. Quase sempre são vigilantes fiscais do próximo: comentam a maneira de vestir das outras pessoas, enfiam o nariz na vida íntima de colegas, amigos e até de gente da própria família. São “vítimas” da maldade dos outros – elas que se consideram absolutamente perfeitas, bondosas, generosas, esquecidas de que somos polos a atrair sempre o que nos é semelhante. Acreditam-se perseguidas, acompanham atentamente os programas de televisão, e perdem minutos e horas preciosos comentando o último capítulo da novela ou, como está muito em voga, passam dias e noites plugadas na Internet em infindáveis e ansiosos bate-papos. Têm opinião formada a respeito de tudo. Pouco a pouco vão deslizando para aquele ponto em que acham que “tinha que ser comigo”, ou “comigo nada dá certo”. A autoimagem que elaboram não resiste ao sopro de uma brisa. Basta uma crise no trabalho, no casamento, uma doença na família, e o edifício se desmancha como um castelo de cartas.
O que elas não sabem é que são esbanjadoras de energia. Se Você as escuta tranquilamente, deixando-as desfiar o rosário dos seus sofrimentos, das suas críticas, derramar todo o fel que lhes amargura a alma, fique certo de que, ao terminar, elas estarão mais pobres pelo desperdício de energia, e Você fortalecido, abocanhando aquela porção de energia que elas, perdulariamente, estão sempre jogando fora…
O tipo magnético está sempre tranquilo, sorridente. Ninguém lhe ouve queixas, reclamações. Se estiver doente, procura um especialista – não vai incomodar a quem quer que seja com seus padecimentos. Não culpa os outros pelos seus problemas. Não fala a seu próprio respeito. Não tem a fanfarronice do tipo não magnético, que está sempre contando vantagem. Para ele, o aplauso e a crítica são por igual indiferentes. É discreto – não vive mendigando a atenção das pessoas. Tem muito amor para dar – não anda com a mão estendida procurando aprovação ou afeto. Entra num restaurante de luxo ou num come-em-pé de esquina com a mesma naturalidade. Não se sente na obrigação de prestar conta de seus assuntos a outras pessoas.
Entretanto, tornar-se magnético, transformar-se de Lua em Sol, é uma questão de aprendizagem. Desenvolver o magnetismo pessoal exige estudo, treinamento, dedicação, disciplina. Basta uma semana de prática para que os primeiros resultados comecem a aparecer. Importa, no entanto, incorporar esses conhecimentos à vida cotidiana, à prática pessoal. Não se trata de memorizar lições, mas de assimilar conhecimentos que passem a nortear sua conduta momento por momento. O tempo que Você vai dedicar ao estudo e a prática das leis do magnetismo é exatamente a distância que separa o ser comum do vitorioso.
Assim é!
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*Texto extraído do livro Portal da Magia. SEABRA, Geraldo. 2005.
Geraldo Seabra, Jornalista, Astrólogo, Alquimista, Tarólogo, fundador do Colégio dos Magos de Brasília e autor do livro Portal da Magia.
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