Um dia desses, pensando nas grandes lições da vida, cheguei a uma conclusão iluminada: todo mundo deveria experimentar a sensação de ser feito de trouxa pelo menos uma vez na vida. É sério! Não estou falando de ser enganado por golpe de WhatsApp (isso aí é só humilhação mesmo), mas daquela boa e velha “passada pra trás” emocional ou situacional que deixa a gente olhando pro nada e pensando: “como é que eu caí nessa?”.
É uma experiência transformadora. Você começa o dia acreditando que o mundo é um lugar justo e as pessoas são sinceras, e termina a noite rindo sozinha, porque percebeu que viveu um enredo digno de novela mexicana. E você nem era a mocinha, era a figurante ingênua.
O legal de ser feito de trouxa é que a ficha cai devagar. No começo, você acha que está tudo bem. Depois vem a fase do “pera lá…”, seguida pelo “não é possível que eu acreditei nisso” e, por fim, o inevitável “eu mereço um troféu de trouxa do ano”.
E sabe o que é mais incrível? A gente sobrevive. Aliás, sobrevive mais esperto, mais sagaz e, principalmente, com material infinito para contar nos churrascos e rir de si mesmo. Porque no fim das contas, ser feito de trouxa uma vez na vida é tipo tomar vacina: dói, mas te deixa imunizado (ou pelo menos mais resistente) para as próximas doses que a vida sempre inventa.
Se você ainda não viveu essa experiência, prepare-se. Sua hora vai chegar. E quando chegar, respire fundo e aproveite. Afinal, é o tipo de aprendizado que não se encontra em livro de autoajuda. Só vivendo pra saber.
