A sociedade não gosta de mulheres independentes, maduras e conscientes do próprio valor. Prefere aquelas que se encaixam em moldes antigos, submissas, dóceis e facilmente manipuláveis. Mulheres que não questionam, não se impõem e não ameaçam o ego masculino.
Mas, na verdade, isso não é gostar. É querer possuir. É transformar a mulher em uma extensão do homem, anulando sua identidade, sua voz e sua vontade. É o desejo de controlar o que ela pensa, como age e até o que sente, permitindo-lhe amar apenas dentro dos limites impostos por ele.
Essa dinâmica reflete uma cultura que ainda teme a mulher livre. Uma mulher que decide por si mesma, que não aceita ser conduzida e que incomoda o machismo estrutural. Ela desestabiliza o sistema que sempre colocou o homem no centro de tudo.
Ser independente, para uma mulher, muitas vezes significa ser vista como “difícil”, “fria” ou “vagabunda”, rótulos criados para desmerecer a força feminina. Mas a verdade é que uma mulher que se conhece e se basta é o maior ato de rebeldia contra uma sociedade que tenta silenciá-la.
O problema não está nas mulheres que se libertam, mas nos homens e em uma sociedade inteira que ainda não aprenderam a lidar com a independência feminina.
