Tentam silenciar minha caneta afiada,
Com ações sujas de falsa moral,
Disfarçam a censura de causa sagrada,
Mas sua virtude é um máscara superficial;
Dizem que minhas palavras, provocam demais,
Que os meus versos causam problemas,
Pois quem me acusa não quer verdades,
Teme a voz que não se cala perante a maldade;
Sou só uma voz, mas não estou sozinha,
Carrego as vozes que a sociedade reprime,
Em cada verso, denuncio as injustiças,
Que a hipocrisia odeia e suprime;
Querem meus textos trancados num cofre,
Minhas ideias jogadas ao chão,
Porque cada linha que ouso escrever,
Desfaz as mentiras da televisão;
Se falo do corpo, sou indecente,
Se falo da fome, sou comunista,
Se falo da opressão, sou inconveniente,
Mas nunca param para ler a artista;
Pois bem, não calo. Não me rendo ao esquema,
Minha escrita é grito, diante do sistema,
E se insistirem em emudecer minha opinião,
Faço do papel uma verdadeira rebelião.
