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Agosto ainda tem 10 dias para mostrar sua aura de perigo e casos fatais

Ainda temos pouco mais de 10 até que termine agosto, o mês que  ocupa lugar singular no imaginário coletivo, sendo popularmente conhecido como o “mês do desgosto”, ou “mês do cachorro louco”. O ditado popular “agosto, mês do desgosto” atravessou gerações no Brasil e em outros países de tradição ibérica, reforçando a crença de que o oitavo mês do ano traz consigo infortúnios, instabilidades e acontecimentos fatais.

No campo esotérico, agosto é considerado um período de transição energética, marcado pela presença do signo de Leão, regido pelo Sol, e pela entrada de Virgem, regido por Mercúrio. Essa oscilação astrológica é interpretada como um momento de intensas provações, em que forças ocultas revelam desequilíbrios e tormentas tanto individuais quanto coletivos.

Historicamente, agosto como mês azarento surgiu no império romano, uma homenagem ao imperador Augustus, um dos mais tirânicos governantes de Roma e que, coincidência ou não, morreu no dia 14 desse mês, com 75 anos. Desde então dizem que as bruxas ficam soltas no mês de agosto.

Do ponto de vista simbólico, o número oito, associado a agosto, representa em muitas tradições tanto o equilíbrio cósmico quanto a repetição kármica. Numerologicamente o oito contém as energias pesadas do planeta Saturno, associadas ao poder, posses e estabilidade econômica, mesmo que conquistados a duras penas. No Tarot, por exemplo, o Arcano VIII é a Justiça, que aponta para julgamentos, consequências e ajustes necessários, muitas vezes dolorosos.

No âmbito político, agosto tornou-se um mês marcado por fatos trágicos que reforçaram sua fama negativa. No Brasil, é lembrado pelo suicídio do presidente Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954, evento que mergulhou o país em profunda comoção. Em 25 de agosto de 1961, o então presidente Jânio Quadros renunciou de forma inesperada, alegando forças ocultas e gerando uma grave crise institucional. Neste mês de agosto de 2025, o ex-presidente Jair Bolsonaro está, literalmente, às portas do cárcere, e, no momento mantido em prisão domiciliar usando a humilhante tornozeleira eletrônica. Enquanto isso na “sala de justiça” o embate entre os “patriotas” e governistas segue levantando fumaça, e arrastando atrás do trio elétrico os Três Poderes e o cara-pálida Estados Unidos da América.

Internacionalmente, agosto também tem sido palco de guerras e desastres: a bomba atômica em Hiroshima (6 de agosto de 1945) e Nagasaki (9 de agosto de 1945) consolidaram a associação do mês com tragédias coletivas. No momento em que as guerras sanguinárias evoluem no conflito Rússia x Ucrânia e na Faixa de Gaza, com a ocupação de Israel, líderes mundiais se reúnem com o presidente dos Estados Unidos para legitimar a posse dos territórios conquistados. Ou não…

A data crucial, que serve de acerta máximo é o 19 de agosto de 2025. Na numerologia pitagórica o número 19.8.2025 é fatídico, pois corresponde ao arcano XVIII do Tarot, a Lua, “trevas”, e ao número 9, o fim do começo ou o começo do fim.
E tudo vem a ser nada.

As superstições populares reforçam essa aura de perigo. No Brasil colonial, evitava-se casar em agosto por se acreditar que traria infelicidade conjugal, daí a expressão “casar em agosto traz desgosto”. Essa tradição ecoa práticas mediterrâneas antigas, nas quais o mês era associado a rituais de luto e transição. Na Península Ibérica, agosto estava relacionado às peregrinações e às festas dos mortos, sugerindo uma conexão com o mundo invisível e com provações espirituais.

Do ponto de vista astrológico-esotérico, agosto é também o período da chamada “Porta de Leão”, alinhamento cósmico quando a estrela Sírius da constelação Cão Maior, se encontra em conjunção com o Sol, abrindo um portal energético. Reza a lenda que essa configuração celestial provoca mudanças radicais no comportamento humano, favorecendo tanto revelações quanto colapsos de estruturas consideradas sólidas. Isso explicaria a ambiguidade de agosto: um mês de provações, mas também de possibilidades de renascimento espiritual.

Assim, o estigma de agosto como “mês de desgosto” não pode ser entendido apenas como superstição popular. Ele resulta da interseção entre acontecimentos históricos marcantes, superstições culturais e interpretações esotéricas que o associam a transições de energia e a provações kármicas. O imaginário coletivo, ao longo dos séculos, consolidou agosto como um tempo liminar, um “mês fatídico”, no qual o indivíduo e as sociedades enfrentam crises que, embora dolorosas, podem também servir de instrumentos de transformação.

Qual a sua interpretação sobre o que virá?

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Hussein Sabra el-Awar
Membro Conselheiro do Colégio dos Magos e Sacerdotisas
@colegiodosmagosesacerdotisas

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