Notibras

Ainda há quem reze por todos nós. Amém!

Na porta de uma igreja, um senhorzinho rezava. Não pedi que ele me incluísse na prece, mas chorei. Porque há algo de profundamente revolucionário em quem, mesmo sem conhecer, intercede por nós.

A antropologia da religião nos diz que o sagrado é também relacional ele existe na troca, no gesto, no silêncio.

Eu não tenho aquela fé, mas fui tocada. E lembrei de Durkheim, que dizia que o sagrado é o coletivo em forma sensível. O senhor rezava, mas também resistia: à pressa, ao abandono, à desesperança. E naquele instante, ele foi igreja.

Sair da versão mobile