Tem gente que usa o domingo pra descansar, relaxar, fazer um almoço gostoso ou, no máximo, organizar a agenda da semana. Davi Alcolumbre, não. O domingo dele parece ter outra função: chantagear o governo. Enquanto o resto do país aproveitava o dia 30 para respirar um pouco, o presidente do Senado resolveu divulgar uma nota reafirmando as prerrogativas do Legislativo no processo de indicação ao STF. Bonito, né? E ainda fez questão de destacar que o cronograma da sabatina é decidido pela Casa.
O curioso é ouvir Alcolumbre defender prerrogativas quando ele próprio não respeita a prerrogativa mais básica: a do presidente da República indicar um ministro do Supremo. Todo mundo sabe que a indicação de Jorge Messias simplesmente não desceu pela garganta dele. Não aprovou, não engoliu, não aceitou.
E agora dizem que Alcolumbre está disposto a fazer de tudo para barrar Messias. Tudo mesmo. Há quem diga que ele quer colocar na mesa, como moeda de troca, a indicação do presidente do Banco do Brasil. A pergunta que fica é: até onde vai o ressentimento de Davi? Porque, do jeito que a coisa anda, parece que o Senado virou mais uma arena emocional do que uma instituição da República.
Veremos os próximos capítulos. Mas eu confesso que prefiro passar o domingo vendo série.