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Amar é gostoso, embora tenha seus problemas

Namorar é bom. Relacionar-se e estar apaixonada está no meu top 3 de projetos de vida. A sensação de ter alguém para compartilhar a vida, os beijos, o sexo, as histórias que se vive junto, risadas, emoções e até as briguinhas e implicâncias. Claro, estou falando de uma relação saudável, né? Sem grandes confusões.

Só que isso não é tão fácil. Quando eu era criança, gostava do Marcelo. Ele era perfeito porque…porque… corria atrás de mim no recreio e sempre me dava uma das suas bolachas quadradas de chocolate. Mas hoje, se eu reencontrar o Marcelo, ele correr atrás de mim e me dar uma bolacha de chocolate não vai rolar. Primeiro porque correr atrás de alguém não é legal. Segundo que eu não como glúten!

As prioridades mudam. O que era perfeitamente aceitável quando você tinha 15 anos, não te serve agora. Você também muda, amadurece e, se está só no momento, já deve ter passado por muitas experiências e já deve ter sofrido o suficiente.

Não é deixar de acreditar no amor, mas ser mais legal com você mesmo. Analisar as pessoas e saber que cada interação com alguém gera sensações e sentimentos. Faz coisas virem à tona. Mas se envolver profundamente com alguém desconhecido é bem perigoso.

E você vai me dizer: mas amar é perigoso! Concordo. Certo grau de perigo sempre existe. Mas diminui a partir do momento em que você se conhece e sabe o que quer. Quando você se ama e sabe que tipo de companheiro ou companheira você quer que faça parte da sua vida. Estar aberto, mas entender que você não encontra o amor na esquina. Ele se demora. Ele precisa de tempo, apurar, cozinhar lentamente. Viver um dia de cada vez, desde o primeiro olhar! Não entrar numa ansiedade louca que sempre estraga tudo.

Apaixonar-se é, quase sempre, um processo. Um download que pode ser interrompido a qualquer tempo. Estou falando do amor, não da atração sexual. Estou falando de construir relações, de mantê-las e vê-las crescer e prosperar. Em tempo de Tinder e amores líquidos, ainda vale a pena. Tudo a seu tempo. Tudo no tempo do tempo.

De todo modo, se o atual nível de encolhimento se mantiver, é bem possível que em menos de 20 anos ela se torne uma mancha bem menor e circular, ao invés da forma ovalada atual. Isso se não acontecer antes, pois agora em 2019 começou-se a ver que a mancha está se “despedaçando” pelas beiradas. Ainda não houve tempo para avaliar se esse processo continuará ou se é apenas um evento esporádico, mas a persistir, pode ser que a Grande Mancha Vermelha encolha mais rapidamente, podendo até a desaparecer.

Tomara que não, né? Consegue imaginar Júpiter sem a Grande Mancha Vermelha? Para mim é um golpe tão duro quanto Saturno perder os anéis.

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