Ontem eu estava refletindo sobre as coisas que me tiram do sério, aquelas pequenas irritações do dia a dia que parecem bobas, mas têm o poder de estragar meu humor. Pois bem, hoje resolvi equilibrar a balança e falar das coisas agradáveis. Pequenas, quase invisíveis, mas que me enchem de bem-estar.
Um exemplo simples é quando alguém conta uma piada sem pretensão, só jogando a frase no ar, e de repente me pego rindo sozinha por horas. Mas existe uma situação específica que me dá uma felicidade peculiar: quando descubro que estava cantando uma música errada. Não por um dia ou dois, mas por anos da minha vida! A sensação é uma mistura de vergonha e libertação. Descobrir a letra certa é quase como ganhar uma revelação espiritual, só que muito mais engraçada.
Meu marido, por exemplo, sempre cantou errado uma clássica do Kid Abelha. Na versão dele, o romântico “fazer amor de madrugada” virou uma cena aquática surreal: “fazer amor debaixo d’água”. Até hoje eu morro de rir cada vez que ele conta essa história.
E não é só ele. Tenho um amigo que garante que, quando criança, cantava “Preta Pretinha”, do Moraes Moreira, assim: “eu ia lhe chamar enquanto corria a vaca”. Até hoje, cada vez que ele repete essa lembrança, eu fico meia hora sorrindo sem parar. É irresistível imaginar a vaca correndo enquanto ele cantava cheio de emoção.
São essas pequenas bobagens que deixam a vida mais leve. E você, me conta: quais músicas você também cantava errado?
