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Apartamento de 38 m² ganha mobília baixa para otimizar espaços

Foto/Divulgação

Pequenos espaços já são uma preocupação para quem mora sozinho. E quando o apartamento é ocupado por um casal na faixa dos 30 anos, que adora receber os amigos, o desafio de reformar e decorar os ambientes se torna ainda maior. Foi esse o trabalho que tiveram os arquitetos André Di Gregorio e Rodrigo Maçonilio, do estúdio BRA Arquitetura, neste imóvel de 38 m² no bairro do Brooklin, zona sul de São Paulo.

O tamanho limitado motivou um replanejamento da planta, que foi dividida em três blocos principais: área social, quarto e banheiro. “O apartamento foi entregue totalmente sem revestimentos e optamos por quebrar uma das paredes que separava a sala de estar da sacada, de forma a unificar todos os ambientes”, detalha Maçonilio.

Com a integração dos espaços, a sacada foi envidraçada e se tornou espaço de jantar com vista privilegiada da capital paulistana, já que o imóvel ocupa o 17º andar do edifício, além de garantir uma generosa entrada de luz natural para o apartamento. “Como a incidência solar é forte, a iluminação é mais pontual e discreta”, comenta o arquiteto, que apostou em lustres pendentes, abajures, luminárias de cabeceira e spots embutidos no forro.

Mas não só a unificação dos cômodos foi fundamental para um bom aproveitamento do espaço. Maçonilio explica que um truque foi usar móveis mais baixos, garantindo uma espécie de ‘visão panorâmica’ do imóvel. “Isso possibilita que o espaço seja visto de uma ponta a outra a qualquer momento. E, de quebra, é realçado pela presença de um espelho na parede à esquerda da entrada.”

A paleta de cores ajudou a garantir um aspecto mais ‘limpo’ na decoração. Tonalidades que remetem à água como azul e verde-claro foram combinadas a um piso de porcelanato neutro e paredes brancas. “Nosso contraponto foi o uso de lâminas de pinho, uma marcenaria clara em boa parte da mobília”, pondera.

Na reforma, a privacidade foi levada em conta. A área social ganhou um painel de correr que separa o ambiente do quarto do casal, onde o guarda-roupa foi incorporado à porta do banheiro em um bloco verde, feito de madeira.

A integração não está presente apenas pela derrubada de barreiras físicas, mas também no design dos móveis, que se desdobram em mais de uma função. “A peça que começa na sacada como um banco, depois vira baú com gavetas na sala, além de servir como bar e apoio para a TV”, diz Maçonilio. Já a mesa do escritório faz uma curva e se torna um minissofá.

Do lado oposto ao móvel da TV, um armário linear azul de 5,5 m passa pela cozinha e chega à sacada, acomodando os eletrodomésticos, pia e bancada para preparo de refeições, além de um tanque embutido e uma lava e seca.

Partir do contorno da planta para o centro foi o fator determinante para o sucesso do projeto, diz o arquiteto. “Nossa ideia foi que armários e móveis ficassem ao máximo encostados às paredes. Assim, fizemos com que o meio ficasse livre de bloqueios visuais e isso possibilitou uma exploração melhor do espaço reduzido”, ele conclui.

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