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Apesar de tudo, Poa é Poa, cidade amada

Voltei brevemente a Porto Alegre. Confesso que estava com saudades da cidade. Esses dias me fizeram perceber que, nos três anos em que morei aqui, talvez eu não tenha valorizado adequadamente tudo o que Porto Alegre tem de especial. A gente só entende a falta quando se afasta, e foi justamente isso que aconteceu comigo: ao sair, senti falta de tudo.

Hoje digo com convicção: nunca mais falo mal de Porto Alegre. Nunca mais repito aquele clichê de que o porto-alegrense é mal-humorado. Nunca mais digo que a cidade é suja, que fede a xixi, que a fiação dos postes ameaça cair na cabeça dos pedestres. Nunca mais reforço a fama de que o motorista grita ao volante e ignora a faixa de pedestres.

Porto Alegre pode ter seus defeitos, como qualquer grande cidade, mas eu aprendi a olhar para além deles. É uma cidade que pulsa vida, que guarda histórias, afetos, paisagens e cheiros que se misturam à minha memória. É uma cidade que me ensinou mais do que percebi na época em que morei aqui.

Por isso, agora eu só consigo repetir uma certeza: Porto Alegre pode ter muitos problemas, mas é a cidade que eu aprendi a amar.

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