É um contrassenso ver um artista se posicionando politicamente à direita. A arte, por natureza, nasce do desconforto, da inquietação, da vontade de romper padrões e desafiar o status quo.
Ela instiga, provoca, convida à reflexão e, muitas vezes, incomoda — exatamente porque nos tira do lugar. A arte não combina com a lógica da exclusão, com o conservadorismo que silencia, com o autoritarismo que repele a diversidade.
Um artista que se alinha com a manutenção de estruturas opressoras esquece que a arte sempre foi ferramenta de transformação. Ser artista é, antes de tudo, ser margem, ser dúvida, ser movimento.